02/09/2006

The Sixth Nonsense



Cinefilamente falando, Dois Mil e Seis não vem sendo dos melhores pra mim. Minha média de filmes assistidos despenca mês a mês, e se nos anos passados já era ínfima comparada à de quem realmente vê filme a rodo, agora beira o risível.

Fazendo um rápido estudo em minhas reminiscências, posso apontar algumas razões para essa queda. Entre elas: a quantidade de jogos da Copa em horário assistível; a ausência de tardes livres nas minhas férias de julho; o aumento de cinqüenta centavos na locação do DVD lá perdicasa; e os oito devedês de Lost vistos em aproximadamente um mês, que representaram mais de 30 horas de ilha deserta, ocupando o espaço de pelo menos uns quinze filmes iranianos de vanguarda.

A inauguração de um cinema bacana no meu bairro deveria ter aumentado um pouco a média, mas sei lá o que houve, que nem Piratas do Caribe 2 eu vi ainda. E o Indie ainda coincidiu com a semana mais caótica (até agora...) do meu curso inteiro.

Em dezembro de 2005, publiquei por essas bandas um top 10 particular dos longas mais aguardados para 2006. Foram eles:

10. Carros
09. A Dama na Água
08. Piratas do Caribe 2
07. X-Men 3
06. Os Três Patetas
05. O Código Da Vinci
04. Superman Returns
03. V de Vingança
02. Sin City 2
01. Os 300 de Esparta

Seis já foram. E o saldo, felizmente, tem sido positivo. Carros carecia de história e personagens mais carismáticos (carrismáticos?), mas visualmente é supimpa à beça. X-Men 3 tem seus poréns, mas foi bem-sucedido em cruzar tramas paralelas e juntar aquele mundaréu de mutantes, além da coragem de assassinar protagonistas como nunca feito antes em filmes de heróis. V de Vingança superou expectativas e não se curvou ao roliudianismo. Superman Returns gerou controvérsias e deve muito aos filmes originais (Marlon Brando, John Williams), mas ainda é entretenimento de primeira. (Sem contar que ainda vi de graça numa pré-estréia, antes de todo mundo, embora tenha ganhado um supertorcicolo de brinde por sentar na fileira da frente.) Só Código Da Vinci foi o fiascão que a gente já esperava, mas quem se importa?

Esse fim-de-semana estréia mais um da lista, A Dama na Água. Dizem que é do bom, dizem que não presta, o que é de praxe sempre que se lança um longa shyamalânico. Excelente, no sentido cinco estrelas da palavra, não imagino que seja. Acho que a auto-indulgência do cara vai atrapalhar como atrapalhou no desconjuntado A Vila. Mas que o mundo politicorreto de hoje precisa de umas coisas assim meio nonsense de vez em quando, isso precisa.

Top 1 filme mais aguardado para o fim-de-semana:

01. Vôo United 93

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Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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