06/12/2007

Flashforward

Muito bom, muito bem, o clima de fim de ano já contagiou todo mundo e, portanto, é chegada a hora das listas. Decidi começar pelas perspectivas 2008 e deixar as retrospectivas pro final (até porque 2007 tá aí ainda).

A primeira é a lista de filmes mais esperados para o ano que vem. Como nos anos anteriores, é formada basicamente de blockbusters, seqüências e filmes de diretores com bons trabalhos recentes. O que é normal - como esperar avidamente um filme do qual nunca ouvi falar? A probabilidade de decepção é sempre alta e muitos deles, provavelmente, não vão passar de três estrelas. Mas estes são os dez filmes que, hoje, mais estou afim de ver em 2008:



10- Agente 86 (junho)

O Agente 86 nunca fez parte da minha vida de telespectador e eu conheço muito mais de ouvir falar. Mas adaptação de uma sátira às histórias de espionagem com Steve Carrell no papel principal? Tô lá pra ver.



9- Walk Hard: The Dewey Cox Story (abril)

Depois de três Shreks, quatro Todo Mundo em Pânico e mais um batalhão de derivados, as paródias de filmes já deram o que tinham que dar. Mas esse Walk Hard me atraiu pelo tema: é uma sátira às cinebiografias musicais, que vivem rendendo filmes bacanas (sejam reais como Backbeat e Johnny e June ou quase-fictícios como Quase Famosos). Além do mais, qualquer filme que traga o Jack Black no papel de Paul McCartney já vale assistir.



8- James Bond 22 (novembro)

Cassino Royale reacendeu a vontade de assistir 007 no cinema. Adaptação livre do único livro do Ian Fleming que não tinha sido filmado decentemente (a versão de 1967 é risível, no mau sentido), tinha jogatina, perseguições a pé, Eva Green como Bond-girl e confusão em Veneza. Se continuar assim, tá ótimo.



7- Sin City 2 (agosto)

Já tá virando piada. Pela terceira vez consecutiva, coloco a seqüência do excelente Sin City (de 2005) na lista de filmes mais esperados do ano. Aí os meses passam e o troço não estréia. A expectativa vem caindo gradualmente (segundo lugar na lista de 2005, quinto em 2006), mas ainda tenho fé na próxima película em conjunto de Frank Miller e Robert Rodriguez, a dupla que fez a adaptação mais fiel de uma história em quadrinhos em todos os tempos.



6- Star Trek (dezembro)

O espaço. A fronteira final. Seguindo a mania dos Begins, as viagens da nave Enterprise voltam à estaca zero, contando o início das aventuras do capitão Kirk e sua tripulação. E com a participação do Spock original! Por influência paterna, sempre gostei mais de Star Trek do que de Star Wars, e é com expectativa que irei assistir o trabalho de J. J. Abrams (criador de Lost) audaciosamente tentando chegar aonde nenhum diretor jamais esteve.



5- Be Kind, Rewind (janeiro)

Jack Black apaga as fitas de uma videolocadora e precisa encenar todos os filmes novamente. A proposta absurda, que poderia virar cocô nas mãos de um irmão Wayan da vida, tem grandes chances de prestar quando o diretor é Michel Gondry, o cara que fez Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças e consegue resolver um cubo mágico com o pé. O site oficial do filme já dá uma idéia.



4- The Dark Knight (julho)

Como eu já havia profetizado, a originalidade de um filme do Batman sem "Batman" no nome não será mantida em português, e por aqui vai ser Batman - O Cavaleiro das Trevas. Mas tudo bem. Batman e Coringa vão travar o maior combate desde o épico Feira da Fruta, e isso já basta.



3- Wall-E (junho)

A Pixar tem a missão de superar Ratatouille, o melhor filme de sua sempre ótima linha de produção. Depois dos carros falantes e dos ratos falantes, o protagonista agora é um robô... sem falas. "Muito do filme é silêncio - como os protagonistas são robôs, eles fazem barulhos e sons, mas não falam", declarou alguém da Pixar. Os teasers e trailers já são muito bons e usam Aquarela do Brasil (!!) como trilha. E reparem na dramaticidade do olhar do robozinho.



2- Ensaio Sobre a Cegueira (outubro)

O melhor livro do Saramago dirigido pelo Fernando Meirelles. Só a sinopse técnica já aguça a curiosidade, mas ao ler o Blog de Blindness, excelente diário de produção cheio de detalhes interessantes escrito pelo próprio Meirelles, a expectativa pra esse filme só perde para nossa primeira posição:



1- Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (maio)

Sim, o título é o cúmulo do trash. Sim, Harrison Ford já é um senhor. Sim, o George Lucas andou barrando roteiros e a gente sabe que de roteiros ele não saca muito. Mas puxa vida, é o Indiana Jones, com chapéu, chicote e filho, num filme que tá em pré-produção há, no mínimo, quinze anos. Tio Spielberg, é melhor fazer direito. Tan taran taaan, tan taraan...

   Um comentário :

  1. Po que legal. Achei a primeira declaracao de uma influencia paterna!

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Quem

Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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