28/12/2007

Volta ao Mundo de Mentira

Sexta, 28/12 - Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.



Tenho alguns amigos perdidos por aí nesse mundão véio. Muitos narram experiências nos blogs da vida. O Thales tá pros lados do Chile e anota suas impressões no Picante, Pero Saboroso. O Bernardo partiu rumo a qualquer lugar e escreve seus casos no sugestivo Vai Dar Merda. Nessa de acompanhar a distância, fiquei com vontade também e resolvi encarar uma volta ao mundo.

Teve um belo-horizontino que começou um negócio assim este ano. Saiu da Praça da Liberdade em cima duma moto e só volta em 2012. Sua desculpa oficial é registrar a visão de mundo dos povos diversos e pintar um painel deste início de século. Como a minha é de mentira, não preciso de desculpa. As dúvidas que rodearam minha cabeça nos últimos dias são de outra natureza, sendo a principal delas: por onde começar? O caminho mais óbvio é margear o litoral. Descendo, pra chegar à Terra do Fogo. Ou subindo, pra atingir as Guianas. Mas uma terceira opção foi tomando forma e me parece agora a mais acertada: cruzar o país com destino ao Equador e realizar meu tão adiado sonho de visitar o Acre. Afinal, de Acrelândia a Xapuri, já sei de cor o nome de todos os seus municípios. É hora de vê-los de perto e descobrir se a Coca-Cola já chegou por lá.

Pus na mochila somente o indispensável. Camisa da Seleção, bom pra começar um papo (ou uma discussão). Repelente pra inseto, Neosaldina pras ressacas e Dramin pra viajar de barco sem deixar minhas entranhas no convés. Caderno, que serve de diário de bordo e agenda de endereços. Canivete suíço do Paraguai. A caneta que dá choque que ganhei no Natal, pra pregar peças nos desavisados. Umas pedras coloridas sem valor, se algum gringo quiser trocar por um iPod. E só. O resto vou comprando por aí, e se lotar demais a bagagem, despacho pra casa os souvenirs mais pesados. O plano é aproveitar esta sexta-feira de trânsito menos caótico, ir pra Rodoviária e de lá pegar o ônibus que for mais longe. Se tudo der certo, amanhã jantarei no Pantanal. Se der errado...

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Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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