05/05/2012

Filmes de Dois Mil e Dôuze - Parte 18



DRAGÃO VERMELHO (Red Dragon, EUA/Alemanha, 2002, dir. Brett Ratner)
Mais do que um remake do Dragão Vermelho de Michael Mann, é um filme feito para encerrar a trilogia do Hannibal de Anthony Hopkins, e com isso dá muito mais destaque ao canibal do que fazia a versão de 1986: temos um flashback estabelecendo sua relação prévia com William Graham, cenários diferentes para suas conversas (além da cela tornada famosa em O Silêncio dos Inocentes, há uma divertida “caminhada” em círculos)... Mas o mais impressionante é que, quando o vilão Tooth Fairy ganha destaque, até esquecemos que Hannibal também está no filme, tamanha a presença de Ralph Fiennes. O restante do elenco – Edward Norton, Harvey Keitel, Phillip Seymour Hoffman – também é irrepreensível, o final (diferente de 86) funciona muito mais e mesmo as cenas que seguem à risca o roteiro do filme de Mann são geralmente mais tensas e bem acabadas. Nota 4/5

OLDBOY (Oldeuboi, Coréia do Sul, 2003, dir. Park Chan-wook)
Filmaço de vingança, já era excelente quando vi a primeira vez e ainda se beneficia de uma releitura, por suas diversas rimas visuais e temáticas (analisadas com detalhes no ótimo livro O Olhar do Cineasta, de Gustavo Mercado). Anotação mental: criar vergonha e assistir aos dois outros filmes que completam a trilogia da vingança de Park Chan-wook. Nota 5/5

QUEBRA DE SIGILO (Sneakers, EUA, 1992, dir. Phil Alden Robinson)
Traz um elenco de rostos conhecidos (Robert Redford, Dan Aykroyd, River Phoenix, Ben Kingsley) como um bando de hackers envolvidos em uma trama de espionagem. Não tem grandes pretensões e carrega sua cota de clichês e inverossimilhanças, mas o clima sessão-tardino e os planos mirabolantes de invasão (eletrônica ou não) valem a conferida. Nota 3/5

HOMEM DE FERRO (Iron Man, EUA, 2008, dir. Jon Favreau)
O maior trunfo é mesmo Robert Downey Jr., que compensa todas as falhas de caráter de seu personagem com uma presença marcante e um tino cômico sempre afiado. Como em dúzias de outros filmes de super-heróis, a metade "origem" funciona melhor que a do "combate ao vilão", mesmo porque a galeria de vilões do Homem de Ferro é bem xinfrim e quase sempre se resume a homens malvados vestindo armaduras. Mesmo assim, este continua sendo meu filme favorito da Marvel da safra pré-Vingadores. Nota 4/5

INTERLÚDIO (Notorious, EUA, 1946, dir. Alfred Hitchcock)
Um Hitchcock que se passa no Rio de Janeiro! (A maioria das externas é feita com o elenco em estúdio e imagens do Rio projetadas atrás, mas tudo bem.) A trama é de espionagem, mas diferentemente de Intriga Internacional, aqui Cary Grant e Ingrid Bergman sabem muito bem no que estão se metendo ao planejarem a infiltração dela na casa de um colaborador nazista. O triângulo amoroso entre o casal e Claude Rains é o grande destaque, mas o habitual de Hitch – intrigas, traições, envenamentos – também é de primeira. Nota 5/5

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Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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