21/06/2005

So long and thanks for all the fish!



Fim de semana pra manter as esperanças no cinemão roliudiano. Sábado assisti a um filme novo que lançaram por aí, sobre um órfão metido a lutador que usa seus supermilhões de dólares para combater o crime vestido como numa festa de Dia das Bruxas. Finalmente fizeram direito. O protagonista não tem barriga de chopp, não exibe seus mamilos, nem é loiro ou meio-careca, como em versões anteriores do personagem. Talvez (eu disse talvez) o filme peque por excesso de vilões: temos o psicólogo que provoca medo na galera, o terrorista internacional e o mafioso que manda na cidade, sem falar nos bandidos pé-de-chinelo, como o assaltante que mata os pais do tal supermilionário na frente do pobre garotinho. Apesar dos apelos do mordomo piadista, ele dá uma de mochileiro e sai pelo mundo pra aprender a bater na galera, e de quebra descobrir como controlar seus medos, sua culpa, e o que mais vier de brinde. Quando volta e põe suas asinhas (digo, asonas) de fora, dá pena da pivetada, porque o cara é foda e até sua voz rouca contribui pra arrepiar os malfeitores. Sem falar nos espantosos apetrechos e no tanque de guerra que ele usa como carro, destruindo viaturas e telhados sem misericórdia. Enfim, como deve ser. Aguardo ansiosamente pelo segundo, ainda mais se o antagonista for mesmo o que sugere o final do filme.

A outra película que assisti chama-se O Guia do Mochileiro das Galáxias e me fez dar gargalhadas no domingo à noite, coisa que não acontecia desde os saudosos tempos de Sai de Baixo. Da abertura hilária com a música que dá título a este post, e cuja MP3 já está em meus arquivos computadorianos, à piadinha final após os créditos (que só meia dúzia de pessoas na sala assistiu), é humor non-sense da melhor qualidade. Claro que não é pra todo mundo, como não o são as tiras do Perry Bible Fellowship que apresentei a vós num de meus posts passados. Dizem que lembra Monty Python. Shame on me: nunca assisti a um filme do grupo inglês pra poder dizer. Mas me diverti bastante com a arma do ponto de vista, os bonecos de lã, os poemas vogons, e se você não acha absurdo uma baleia despencando do céu enquanto divaga sobre o nome das coisas, assista e divirta-se você também.

Bônus track para quem já viu o filme: vá no Google e digite answer to life, the universe and everything, assim mesmo, sem aspas e tudo em letras minúsculas. Até mais, e obrigado pelos peixes.

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Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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