23/07/2010

Xi'an, parte 4 – Os guerreiros de terracota

 

 

Imagine que você está cavando um poço no meio do nada. Aquela labuta, aquele cavar constante, quando de repente toc toc: parece que tem alguma coisa aqui. Qual não é sua surpresa ao descobrir que é uma estátua feita de terracota – uma argila modelada e cozida no forno – retratando um guerreiro de dois mil anos de idade em tamanho real. 

Você chama a galera pra ver, brinda a descoberta com uma cervejinha quando tem o clique: e se tiver mais? Esquece o poço: vamos cavar mais pra cá e mais pra lá, vai ver a gente acha mais estátuas. É batata: não há apenas uma dúzia ou mesmo uma centena, mas milhares de guerreiros de terracota em formação de batalha, cada um com diferentes rostos e peculiaridades. 

Isso foi em 1974. De lá pra cá, o Exército de Terracota de Xi'an se tornou Patrimônio da Humanidade e um dos mais famosos sítios arqueológicos do mundo. Historiadores desvendaram a biografia dos guerreiros: foram feitos a mando do primeiro imperador da China, Qin Shi Huang, que não queria estar sozinho quando batesse as botas. Esse povo adora construir um túmulo exagerado. 

Ver os guerreiros desenterrados depois de tanto tempo é o principal motivo que leva os turistas a Xi'an, muito embora a atração não fique exatamente em Xi'an: você precisa pegar um ônibus que sai do estacionamento da estação de trem e leva uma hora até a bilheteria do sítio. Depois, tem que andar mais uns quinze minutos até chegar ao exército em si, mas os mais preguiçosos podem até alugar um veículo estilo carrinho de golfe. 

Restaurantes e lojinhas de souvenirs não faltam: tem chaveirinho dos guerreiros, caneta dos guerreiros, abridor de garrafas dos guerreiros, miniaturas de todos os tamanhos e até guerreiros sem cabeça pra você botar sua cara e tirar uma foto. Os preços são pra explorar a turistada mesmo. Tipo 10 kuai por uma garrafinha de chá que custa 1 nos supermercados. Ou 50 kuai por um guarda-chuvas vagabundo que custava 10 antes da chuva começar. 

 
Íma de geladeira dos guerreiros... 

 
Buttons dos guerreiros... 

 
Guerreiros... jogando tênis?! 

 
Quer pagar 40 kuai pra virar guerreiro de terracota na foto? Photoshop é mais barato. 

O grande segredo ao visitar o Exército de Terracota é começar pelo final. São 3 imensos galpões cobertos, chamados pelos apropriados nomes de Pit 1, Pit 2 e Pit 3. O Pit 1 é o maior: milhares de guerreiros enfileirados, grande parte em excelente estado de conservação. Se você começa por lá, os outros dois perdem em comparação e sua visita fica aquela coisa de mais-do-mesmo. Li essa recomendação no guia Lonely Planet e tive o aval de uma família portuguesa que conhecemos por acaso em frente ao Pit 1, ao perguntar por informações. 

 
Entrada do Pit 3 

O Pit 3 contém apenas 68 guerreiros e cavalos, muitos decepados, outros literalmente caindo aos pedaços. Curiosamente, foi o que mais me impressionou, não pelo tamanho, mas por entrar pela primeira vez naquele sítio arqueológico tão antigo. Vale a desmistificação: muita gente acha que dá pra andar no meio dos guerreiros e tirar foto fazendo chifrinho. Na verdade, os achados ficam num andar inferior, um buracão mesmo, e você só desce se for descendente do Indiana Jones ou algo que o valha. 



 

O Pit 2 foi o contrário: fiquei um pouco decepcionado. Ele é enorme – 6 mil metros quadrados – mas a maioria é coberto, quase não dá pra ver soldado. Diz a plaqueta que as escavações ainda estão em andamento, o que explicaria muito. O grande barato do Pit 2 são mesmo as seis figuras retiradas do buracão e exibidas num display de vidro a um palmo do seu nariz. São elas: um arqueiro de joelhos, um arqueiro em pé, um cavaleiro e seu cavalo, um oficial e um general. Dá pra ver em detalhes seus estilos de cabelo, seus sapatos de ponta quadrada, seus bigodinhos enigmáticos. 


As escavações estão em andamento, mas não vi ninguém trabalhando.


Guerreiros com guerreiros fazem zigueziguezá.





 

E finalmente, chega-se ao Pit 1. Quatorze mil metros quadrados. Seis mil guerreiros e cavalos prontos para a batalha. E, claro, centenas de turistas de todas as nacionalidades disputando centímetros para tirar fotos dos soldados. 

 

 
No photo? Ops, tarde demais. (O texto em chinês explica que é uma área ainda não escavada.) 

 
Agora dish coshtash. 

Pra terminar o passeio, há um museu com figuras e soldados encontrados em outros sítios na região, e um guerreiro-marionete em tamanho gigante pegando pela mão uma garotinha, um negócio assustador. Olha a cara da guria e fala se não é. 

   

 

 

Quem não tiver Photoshop em casa pode colocar sua cara num corpo de terracota... 

 

...subir numa carruagem e fazer vêzinho com os dedos... 

 

...ou participar dessa capa do Sgt. Peppers chinesa. 

21/07/2010

Xi'an, parte 3 – O Bairro Muçulmano

 

 

Ao contrário do que imagina o Ocidente, chinês não é tudo igual. O país conta com mais de cinqüenta grupos étnicos diferentes, cada um com suas crenças, costumes, caras e bocas. Um amazonense e um gaúcho têm bem mais em comum do que um chinês Han e um Uygur: não apenas carregam traços bem diferentes, como falam línguas distintas e têm hábitos diversos. 

Xi'an é um bom exemplo dessa sino-diversidade. No coração da cidade há um bairro muçulmano com chineses que rezam para Alá e chinesas vestindo longos véus. Não sei se chamar de "bairro" é o mais correto: o nome em inglês é "Muslim Quarter" e, na prática, o lugar é uma grande rua cercada por ruelas. Que seja. Bairro ou quarteirão, é uma Arábia chinesa inusitada com todos os cheiros, os tecidos, os temperos e lojinhas que se esperaria de um pedaço do Oriente Médio. 

 
Entrada da rua/quarteirão/bairro/avenida muçulmana 

O diacho é que a danada da dor-de-garganta não me permitiu provar quase nenhuma das comidas que queria. Eu curto cozinha árabe. Tá no sangue: a monocelha e o narigão não me deixam mentir. Um dos meus restaurantes prediletos na região onde moro é o restaurante muçulmano da BLCU, que vende pães árabes, espetinhos de cordeiro e quitutes do tipo. Foi uma pena, logo na área muçulmana de Xi'an, não conseguir dar mais que umas mordidas no pão árabe vendido nas ruas. Paciência. 

 
Não pude nem provar desse pezinho... 

 

Vai aí uma paçoca? 

A rua/quarteirão/bairro muçulmano abriga a Grande Mesquita, uma das maiores da China, e das mais antigas - já são mil, duzentos e sessenta e oito anos nas costas! É meio difícil de achar: você vai andando por um beco aqui e outro ali, até topar ao acaso com uma entradinha que esconde uma área de 13 mil metros quadrados, cheios de jardinzões e jardinzinhos, salões que permitem a entrada de visitantes e outros onde só entra quem for muçulmano de carteirinha. 

 
Bilheteria da Grande Mesquita: árabe, chinês, inglês e o precinho pouco camarada. 


 

 

 
Lojinha na entrada da Mesquita. 

 

Lojinha da Mesquita: não tem desculpa pra não cobrir o cabelo. 

Gostei da tranqüilidade do lugar: bom pra passear sem o empurra-empurra da turistada, como costuma acontecer. Tirando a menina que me abordou para responder uma pesquisa que me levou uns dez minutos: mesmo tendo acabado de chegar em Xi'an, tive que dar nota pra cada atração turística da cidade, assinalar quais adjetivos a descreviam melhor ("adorável", "agitada", "interessante", "barulhenta", coisas do tipo) e ainda desenhar um mapa de Xi'an de acordo com minha percepção (?!). Como agradecimento pela boa-vontade, ela me presenteou com um badulaque avulso. 

 
Ela podia ter me dado uma dessas pipas supimpas aí... 

 
Não é mole ser estátua. 

 

Vendedor que é vendedor tem que experimentar o produto. 


 

Nesse mundarão de placas, fica a pergunta: porque pintaram de azul o bonequinho-faxineiro? 

 

Hein? 

No próximo post: eles, os guerreiros de terracota! 

17/07/2010

Xi'an, parte 2 – Trem bão, albergue também

 

O trem 

O Brasil bem que podia ter um sistema ferroviário decente. Do tipo pegar um trem no centro de Belo Horizonte e desembarcar no centro do Rio de Janeiro quatro horas depois, sem enfrentar longos trajetos até um aeroporto ou motoristas pilotando um ônibus loucamente. Menos trânsito, mais conforto. 

Depois do engarrafamento monstruoso que peguei voltando da Mongólia Interior – absurdas vinte e uma horas, quando deveríamos levar seis –, decidi optar pelo trem na viagem a Xi'an. Os bilhetes variam muito: você pode fazer a viagem deitado, sentado, de pé, pagando de acordo. Um amigo meu, uma vez, não achou bilhetes disponíveis para bancos ou camas e teve que encarar 14 horas num trem lotado sem poder sentar nem levantar o pé, senão não achava espaço pra pisar de novo. 

Como nosso trem era noturno, melhor garantir um conforto durante as doze horas de viagem. Compramos bilhete para o vagão-leito e não nos arrependemos. Caminha confortável, com espaço suficiente para cabeça, ombro, joelho e pé, travesseiro, cobertor e até abajur. Cada vagão tem dois beliches, e além de nós havia dois chineses, olha a coincidência, da Mongólia Interior. Se tem vagão-restaurante, se a paisagem era bela, se os mongóis roncavam, eu não sei. Tomei um dramin e apaguei, acordando quando já estávamos chegando em Xi'an. 

 
Cara de sono depois de doze horas de trem 

O albergue 

Sou um defensor ferrenho dos albergues. Hotéis são impessoais, caros e você invariavelmente sai chateado com alguma coisa, o café-da-manhã que não era o que você esperava, o wi-fi que não funciona. Albergue é barato e é um barato, dá pra conhecer viajantes do mundo inteiro, a atmosfera é viva, e se por um azar da vida for tudo ruim, pelo menos o bolso não dói. 

 

Já fiquei em albergues de todo tipo, mas nenhum na China, até então. O que esperar de um albergue chinês? Segui a recomendação do meu amigo belga e escolhi o Shuyuan Hostel, que acabou sendo uma boa pedida. Enumerando: 

1.Buscaram a gente de van na estação de trem, sem custo adicional 
2.Quarto com duas camas por um preço camarada (nada de ouvir roncos alheios ou dividir banheiro com um batalhão) 
3.Boa localização, colado no portão sul da Muralha da Cidade e a uma distância andável até o centro e o Bairro Muçulmano 
4.Computadores com internet grátis 
5.Um vale-cerveja por pessoa na hora do check-in (a pinóia da minha dor de garganta me impediu de desfrutar a birita) 
6.Um café/restaurante com um cardápio variado, uma porção de livros pra folhear e um simpático labrador que às vezes dava as caras 
7.Um bar no subsolo decorado com guerreiros de terracota (morra, dor de garganta!) 
8.No dia de ir embora estava chovendo adoidado e eles deram uma carona de van até a estação. 

 
Chinês de raiz, só mesmo o abajur 

 
Esse cachorro late em chinês 

 
O que é mais inusitado, um guerreiro cubista ou a Madonna mandando beijinho? 

 
The Terracotta Warriors daria um bom nome de banda, não? 

 
O café do albergue, repleto de cartazes desenhados pelos próprios hóspedes. Tem até Brasil aí no meio. 

15/07/2010

Xi'an, parte 1 - Introdução

 

Ficar doente em uma viagem é um saco. 

Horas antes de embarcar em minha segunda viagem pela China (a primeira, à Mongólia Interior, está toda detalhada aí embaixo), me vi acometido por uma dor de garganta féladamãe, daquelas que não te deixam nem comer, beber ou conversar. Só fui melhorar depois de uma semana, tomando antibióticos que trouxera do Brasil. Remédio chinês é na base de elementos naturais, feitos de plantinhas e funguinhos e patinhas de barata, vai saber, e você tem que tomar uns sete comprimidos de cada vez pra começar a fazer efeito. Tentei e não deu em nada. Tem horas que só um produto químico dos brabos é que resolve. 

Some à garganta doída um céu nublado e/ou chuvoso e uma população local que quer furar seu olho a cada oportunidade, e tem-se a receita do mau humor. Por outro lado, a combinação de trem confortável, albergue bacana, boas atrações e a companhia da mamãe tornaram a experiência xianesa, apesar dos pesares, bem válida. 

A grande maioria já ouviu falar de Xi'an por causa dos guerreiros de terracota. Você sabe, aqueles soldados em tamanho real esculpidos há 2 mil anos e encontrados por acaso há apenas 36. Mas há mais nessa cidade milenar do que o estático exército argilesco. Nos próximos posts, mostrarei um bocado de Xi'an em textos, fotos e vídeos que chegam com um atraso de dois meses (a viagem foi em maio), mas chegam. 

 

11/07/2010

Se serve de consolo, eu esqueci meus óculos de leitura

Acontece com todo mundo.

Por algum motivo besta – trânsito intenso, bebida demais, memória de menos – você não chega ao aeroporto ou à estação e acaba perdendo o vôo para aquela viagem de negócios, o ônibus pra sua terra natal, o trem das onze para Jaçanã.

Aqui em Beijing, ultimamente, vejo isso acontecendo com freqüência. Amigos e conhecidos estrangeiros que perdem seus vôos de volta pra casa. Se remarcar um vôo doméstico já dói a cabeça e os bolsos, imagine um internacional.

Teve a ex-namorada do coreano que mora comigo, filha de um pai turrão e controlador, que veio de Seul só pra carregar a rebenta de volta para o lar. Ao chegar no aeroporto, ela notou que esquecera alguma coisa. Nada demais: só o passaporte.

Ou um italiano que se despediu da galera, fez o check-in e acabou perdendo o vôo porque antes resolveu comer um Big Mac. Algumas horas depois teve que voltar à casa dos amigos, com cara de cachorro sem dono, pedir abrigo por mais uma noite.

Uma amiga inglesa estava em Shanghai com passagem marcada para a Tailândia, gandaiou além da conta e chegou atrasada no aeroporto. Deve ter enchido o saco dos funcionários da Air China até o limite, porque conseguiu pegar o vôo seguinte sem custo adicional.

E tem a italiana riquinha – e loira, vale mencionar – cujos pais marcaram três vôos para que ela voltasse pra Milão e ela conseguiu perder os três. Na última vez, estava numa festa na casa de um amigo, achando que viajaria no dia seguinte, 16 de junho, quando foi sacudida por uma dúvida: peraí, meu vôo é dia seis ou dezesseis? Era dia seis. Como é que você só percebe que perdeu um vôo dez dias depois?

 
Dá tchau pro avião, dá. 

Ontem o Joe, inglês que mora na China desde setembro (um semestre em Beijing, outro em Chengdu, na província de Sichuan), e com quem até toquei num bar em Wudaokou , veio para um último dia pequinês antes de pegar o avião para Londres hoje, às onze e quinze da manhã. Sairia do aeroporto já de terno, direto para o casamento de um amigo. Para economizar a grana do hotel, ficou hospedado no nosso apartamento. 

Amigos do semestre passado que ainda estão em Beijing apareceram também, e partimos todos para o bar sino-mexicano La Bamba para celebrar o reencontro de uma noite. E vinha cerveja, e vinha tequila, e vinha licor de melão. Quando saí de lá, pouco após a meia-noite, o Joe continuava aceitando as bebidas que chegavam e mandando tudo pra dentro. 

É claro que não ia sair coisa boa. 

Fiquei sabendo que, do La Bamba, eles emendaram para o Propaganda, boate-inferninho que fica no subsolo, e foram dormir às cinco da manhã. Quando o coreano acordou e viu o horário – dez e meia –, correu até a sala rezando para não encontrar nenhuma bagagem e nenhum inglês dormindo no sofá. Mas o Joe estava lá, imerso no sono, perdido no mundo de Morfeus. Acordou com o coreano chacoalhando sua perna e dizendo: shit, it's ten thirty, you're too late, shit, shit. 

Fica a pergunta. Será que existe uma força misteriosa impedindo os forasteiros de deixar a China? Ou ela atende simplesmente pelo nome de álcool? 

09/07/2010

Disk-comida-chinesa

No início, pedir comida pelo telefone parecia impraticável. Pior que não se fazer entender, é não entender o que a atendente te fala de volta.

- Você quer com pimenta ou sem pimenta?
- Já falei, moça. Apartamento 1201.
- Ok, mas a comida é com pimenta ou sem pimenta?
- Décimo segundo andar, moça. 1201!

O McDonald's era a salvação. É só apertar 2 que eles falam inglês. E ainda dizem que vão entregar em meia hora, mas chegam em quinze minutos. De vez em quando vem até um copo de vidro da coca-cola de brinde.

Mas não tem estômago que agüente x-burguer duplo todo dia (não, o McDonald's chinês não vende McDog, McScorpion ou Gafanhoto McMelt). Há que se comer a comida local. Pra nossa sorte, não são poucos os estabelecimentos que fazem entregas: basta uma bicicleta elétrica e um chinês, duas coisas que não faltam em Beijing.

O coreano que mora comigo foi apresentado a um desses restaurantes e se apaixonou pelo bife na chapa do lugar. No celular dele não tem o nome do restaurante, tem “bife na chapa”. Experimentei a iguaria e é realmente uma lindeza: carne tenra, molho suculento, salada de batata e arroz para acompanhar, e uma caixinha grátis de chá gelado – que, como todas as bebidas na China, vem quente. O entregador invariavelmente é um moleque que, sem sacanagem, deve ter uns doze anos.


(Qualquer semelhança com a vida real é extremamente improvável.) 

Cinco bifes na chapa depois, decidi que era hora de provar outras opções do cardápio – é enorme, tem de carne e macarrão até sushis e sashimis. Acabei descobrindo algumas gororobas sem sabor (o sanduíche de salmão, na verdade, era um punhado mirrado de peixe envolto por uma camada intransponível de arroz), mas muito quitutes apetitosos, como o frango com queijo que derrete na sua boca e não no seu prato. O mandarim da atendente é tranqüilo de entender, e o bom é que ela não varia a ordem das perguntas: é sempre qual o pedido, vai querer mais alguma coisa, qual o endereço e até logo. 

Melhor assim. Perguntas adicionais são sempre um risco. 

- O bife é bem passado ou ao ponto? 
- Já falei, moça. Décimo segundo andar! 


Publicado originalmente no Boca de Gafanhoto

Quem

Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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