23/07/2004

"Esse documento não prova nada, prova só que o Coringa é um filho da puta!"



Dia desses encontrei uma comunidade no Orkut sobre um tal "filme do Bátiman". Entrei e vi os tópicos relacionados, pessoal falando que era um clássico, que usava as frases do filme no dia-a-dia, e tudo mais. Tinha um endereço lá pra baixar o troço na Internet e resolvi encarar os cento e tantos mega do arquivo de vídeo.

É um barato. Segundo consta, lá pelos idos dos anos 80 uma dupla de à-toas pegou um episódio do seriado do Batman da década de 60 e redublou, transformando aquilo em um aglomerado de cenas desconexas, com diálogos estilo Hermes & Renato (mantenha longe do alcance das crianças). Quem quiser se aventurar, vale a pena fazer o download do filme: está nesta página. Você também pode visitar a home page oficial enquanto pega o filme.

Alguns dos melhores momentos:

- quando Batman, cansado dos xingamentos de Robin, declara: "Pára de falar palavrão, Robin! Você é um menino, eu que te criei! Vou te colocar num colégio interno!"

- quando Batman revela ao seu arqui-inimigo: "Eu não tenho pinto, Coringa. Eu sou eunuco."

- quando um sujeito vê o Robin chegando e diz: "Porra, o Robin, aquele viadinho! Até minha vó sabe que esse cara é bicha"

Ok, não é um humor muito inteligente mas é divertido pacas ver os próprios personagens dizendo essas baboseiras todas. Enquanto não sai o próximo filme de verdade do home-murcego, com Christian Bale no papel principal e Christopher Nolan (o diretor de Amnésia) na direção, assista esse aí.

21/07/2004

"É como do Arpoador não ver o mar..."



Eu nunca tinha ido no Rio de Janeiro. Aí resolvo fazer um passeio daqueles de turista mesmo, e de quebra ainda pegar uma praia, mergulhar a cabeça no oceano Atlântico... e só chove. Devem ser as águas de março, invadindo o inverno. Quando não chovia, fazia um frio de rachar. Mas deu pra ver muita coisa. Por exemplo:

Cristo Redentor. Tem escada rolante e tudo pra subir até lá em cima. A vista é fantástica, já que o Corcovado é o ponto mais alto do Rio de Janeiro. Uma gringaiada que só vendo, o que você menos ouve lá é português. Eu só imaginava o Cristo maior, quando via na TV o Didi Mocó escalando o monumento.

Bondinho do Pão de Açúcar. Confesso que esperava um pouco mais. A vista lá do Cristo é melhor e no dia que eu fui ainda tava chovendo. Você entra no negócio quatro vezes: do chão até o Morro da Urca, do morro até o Pão de Açúcar, e depois o caminho inverso. Em pé. E o Dentes de Aço (do filme 007 Contra o Foguete da Morte) nem apareceu para cortar com os dentes o cabo de aço do bondinho.

"Celebridades". Tá certo, ninguém que valesse a pena um autógrafo ou uma foto do lado, mas a fama que o Rio tem de um artista por esquina é verdadeira. Em três dias lá, vi do meu lado Marieta Severo, Oswaldo Montenegro e Paloma Duarte, Bruno Medina (do Los Hermanos), Cláudia Jimenez, Carolina Ferraz e Renata Ceribelli (apresentadora do Fantástico). Nenhum deles veio me pedir um autógrafo.

As praias. Leia-se: Copacabana e Ipanema, além de um pulinho na Pedra do Arpoador (quem for lá, visite, a vista também é ótima, fica no finzinho de Ipanema, do lado da Praia do Diabo). Em Copacabana tem uma estátua do Carlos Drummond de Andrade sentado num banquinho, e no dia que passamos lá tinha um catador de latinhas batendo um papo muito animado com o poeta. A foto daquela cena hilária é agora o papel de parede do meu computador.

Ponte Rio-Niterói. Fizemos a besteira de atravessar os 14 quilômetros de ponte num táxi. Uma fortuna pra ir e outra pra voltar. Tudo isso pra ver o Museu de Arte Contemporânea, um disco voador projetado pelo Niemeyer, que adora projetar discos voadores. Como alguém escreveu no livro de visitas do lugar: "Museu 10. Obras 2." E o taxista, que além de colocar Kenny G no rádio do carro, ainda nos contou que tem dezenas de operários "segurando" a ponte com seus cadáveres desde a época da construção?!

Quem

Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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