18/06/2012

Filmes de Dois Mil e Dôuze - Parte 24


DURO DE MATAR (Die Hard, EUA, 1988, dir. John McTiernan)
Uma combinação feliz de vários elementos que deram certo. Temos o herói à la Indiana Jones, que se estrepa bastante antes de vencer; um antagonista classudo e cheio de autocontrole (Alan Rickman, que nasceu pra ser vilão); uma ação confinada a poucos cenários mas que sempre traz novidades a cada cena; e um roteiro bem amarrado, onde tudo – o Rolex, os pés descalços, a limusine, a entrevista invasiva com as crianças na TV – tem seu devido lugar. Nota 4/5


COM A BOLA TODA (Dodgeball: A True Underdog Story, EUA/Alemanha, 2004, dir. Rawson Marshall Thurber)
Um filme divertido, mas descartável, sobre queimada – não aquela que destrói florestas, mas o esporte (pelo visto é um esporte). A história é bem previsível e segue a fórmula dos filmes esportivos, às vezes com o intuito de parodiar, às vezes simplesmente imitando. A primeira metade é mais engraçada do que o campeonato em si, que acaba sendo meio nhé. Nota 3/5


OS DOZE CONDENADOS (The Dirty Dozen, Reino Unido/EUA, 1967, dir. Robert Aldrich)
Um major (Lee Marvin) é forçado a escolher 12 condenados à morte para uma missão quase suicida contra nazistas do alto escalão. O filme é dividido em três atos distintos. O primeiro apresenta cada um dos personagens – são muitos, mas a maioria é facilmente identificável, do carrancudo Wladislaw (Charles Bronson) ao insolente Franko (John Cassavetes). O segundo envolve o treinamento dos Condenados, e o terceiro é a missão propriamente dita, cujo plano tem 16 pontos, cada qual com sua rima mnemônica (“Thirteen – Franko goes up without beeing seen”). Da proposta até a chacina final, passando pelos disfarces usados pelos soldados e os improvisos que acabam surgindo, tudo é uma inspiração clara para o Bastardos Inglórios de Tarantino. Não tem lá muita profundidade, mas é divertido à beça. Nota 4/5


ONZE HOMENS E UM SEGREDO (Ocean's Eleven, EUA, 2001, dir. Steven Soderbergh)
Primeiro exemplar de uma trilogia bem divertida (sim, gosto dos três), é um daqueles filmes ideais pra ser ver no sábado à noite, munido de cerveja e petiscos. O elenco interage como se fossem todos amigos de infância, o roteiro é cheio de idas e vindas sem nunca parecer confuso, torcemos pela vitória dos ladrões (pobre Andy Garcia, sua única maldade foi roubar a mulher do George Clooney) e saímos sorrindo, sabendo que um “mero” passatempo hollywoodiano não precisa ofender a inteligência. Nota 4/5


O BARCO - INFERNO EM ALTO-MAR (Das Boot, Alemanha Ocidental, 1981, dir. Wolfgang Petersen)
O subtítulo brasileiro é desnecessário como sempre, mas acaba traduzindo bem o espírito de Das Boot: passamos três horas e meia (!) enfurnados em um submarino da Segunda Guerra, em um filme em que o que mais importa não é o desenvolvimento da trama, mas o retrato de uma situação. Tenso, claustrofóbico, realista e trágico até o último instante. E um filmaço. Nota 5/5

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Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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