Soneto da primavera alemã
Um cancioneiro inteiro a festeja
Em mi, evocou-a Vivaldi com esmero
E também Berlim, findo um março austero,
Ansiava por sol, céu azul e cerveja
Abril foi, contudo, um baldão de água fria
Em vez de azul, um céu cinza-indeciso
Em vez de esquilos contentes, granizo
De primaveril, só o pólen e a alergia
Eterno pensei que seria o ocaso
Mas maio tratou de tirar o atraso
Auf wiedersehen, luvas! Adeus, cobertor!
Curtamos as temperaturas amenas
Pois pode anotar: em dois meses, apenas,
Estaremos todos xingando o calor
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