Mongólia Interior: o fim da viagem
Dia 4 – Terça-feira, 4 de maio de 2010
04:14
Estamos na estrada há 15 horas. O efeito do Dramin está quase passando e, ainda meio dormindo, percebo que o ônibus se move um pouco. A velocidade é mínima, mas já é um avanço.
06:30
Já é dia há mais de uma hora e enfim encontramos um carro de polícia para tentar entender que porra está acontecendo. Já esclareço que até agora não descobri. Sei que a cada poucos quilômetros há um pedágio e minha suspeita é que eles fechavam a passagem nesses locais para que o trânsito fluísse mais à frente. O guia desceu pra conversar com um policial e disse depois que havia obras na pista. Mas o americano e o panamenho mala da minha sala, que estavam em outra excursão, contaram que o guia deles ligou pra polícia e jogou um migué, dizendo que o ônibus estava cheio de estrangeiros que precisavam pegar um vôo em Beijing de volta pra casa. Minutos depois, o caminho estava livre para eles. No nosso caso, após a conversa do guia com o guarda, aconteceu a mesma coisa: sem mais nem menos, o trânsito fluiu.
07:20
Durante nossa primeira parada desde que o trânsito começou a pifar, pergunto ao guia quanto falta para chegarmos e ele diz que estamos a 180 quilômetros de Beijing. Isso mesmo, cento e oitenta. Em doze horas, andamos vinte quilômetros. Uma média incrível de 1,6 km/h!
10:52
Quatro horas após o trânsito voltar a fluir, quinze horas após a previsão inicial de chegada, vinte e uma horas após sairmos do deserto de Kubuqi, estamos de volta à boa e velha Beijing. Fica a lição: na próxima viagem, eu vou de trem. Pegar ônibus na China em fim de feriado é coisa de mongol.
E pra fechar a programação, fiquem agora com mais um apanhadão de fotos da Mongólia Interior:
"Aiôôôôô Rex!" A chinesinha se empolgou com a galera cavalgando perto dela e resolveu abusar da boa vontade do Totó.
Não basta ser pai: tem que botar o filho na garupa da moto sem capacete.
Mongol que é mongol não liga pra conforto.
E ele tá em todas mesmo: olha o maço vermelho e branco aí na foto. "Chinggis Khan", claro, nada mais é que uma variação local do nome do titio Gênghis.
Taí um lustre curioso.
E uma passarela também.
Alguns yurts do nosso acampamento tinham essa decoração inusitadamente MTVesca. Quando fui ver, descobri que eram yurts que karaokê!
Istáile!
Seqüência de placas em Chinglish. A primeira não sabe a diferença de um C para um E.
A segunda não faz idéia da direção que um D decente deve apontar.
E a terceira faz um pedido comovente: "deixe o lixo voltar para a casa dele".
Cuidado, doutor! O Pac-Man vai comer seu braço!
Galera chegando no deserto, aquele mar de areia pela frente e a chinesada só queria saber de encarar os estrangeiros.
Lojinha de souvenirs na entrada do deserto: tem camelo pra Mallu Magalhães nenhuma botar defeito (turum tssss...).
Fila para o teleférico no deserto: isso é lá roupa de andar na areia, fia?!
Eu e o Gênghis.
0 comments :
Postar um comentário