Lonely Tylenol
Há uns dois anos, li um texto de um cara que tinha escrito um livro sobre palíndromos (frases simétricas, a mais conhecida é "Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos"). O livro chama-se "Tucano na CUT" e, além da história completa dessas frasesinhas, tem uma lista de palíndromos, tanto famosos quanto feitos pelo próprio autor. Na época, fiquei imaginando se seria mesmo fácil criar palíndromos e, um ano e meio depois, mais ou menos, ao ler o texto novamente, resolvi tentar, mesmo que nunca conseguisse fazer algo do nível de "Me vê se a panela da moça é de aço, Madalena Paes, e vem", meu preferido.
Minha primeira tentativa não foi muito brilhante: "Soni, hoje vejo hinos". Mas, naquela mesma noite de domingo, e nos dias seguintes, fiz alguns outros que me deixaram orgulhoso. Os melhores:
"A Margarita atira grama"
"Lonely Tylenol"
"Ai! A boca da cobaia!"
"Lá na cabana, bacanal"
"E ela tira Rita Lee"
O processo que uso é bem simples: fico escrevendo palavras ao acaso, normal e depois invertidas. Quando noto algo interessante, tento desenvolver. O da Margarita surgiu assim. Li no Guia dos Curiosos Língua Portuguesa a palavra "Margarita", inverti e deu "Atiragram", e aí foi questão de segundos. Infelizmente, a produção inicial caiu muito nos últimos meses, mas já consegui discípulos: minha colega de sala Ariane, no começo desse ano, chegou com uma lista de palíndromos feitos por ela em uma tarde. "É torresmo com serrote!" foi um deles.
Meu projeto futuro é fazer um livro de fotos representando os palíndromos que fiz (a imagem acima é uma amostra da idéia que tenho). Enquanto minha produção palindrômica não volta aos bons tempos e não entendo lhufas de fotografia, pretendo criar um fotolog nos próximos meses, com foto-palíndromos com frases minhas e palíndromos famosos. Só não decidi ainda se coloco como nome do site "Lonely Tylenol" ou "Pivete VIP". Pensando bem, vou pensar numa terceira opção.
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