Soneto do outono alemão
Adeus,
dias tórridos de perder o sono
Auf
wiedersehen, chopes da Oktoberfest
Se
aí no Brasil o calor é inconteste,
Berlim
já mergulha, implacável, no outono
Calçadas
viraram tapetes folhosos
Termômetros
marcam um dígito só
Quando,
no Skype, contar à minha avó,
Prevejo
suspiros e risos nervosos
Pior
não são os fins de semana de chuva
Ou
ter que comprar gorro, casaco, luva
Pois isso
se arruma em qualquer loja online
Ruim
mesmo é o breu: chega manso, sem alarde
De
repente é noite. Às quatro da tarde.
Ao
menos, um alívio: logo é tempo de Glühwein
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