29/04/2004

Arghhhh!!! Meus pobres tímpanos!!!!

(da série "Na falta de assunto, vamos a listas esdrúxulas...")

A revista americana Blender publicou este mês uma matéria que ficou famosa, sobre as 50 piores músicas de todos os tempos. Não pode ser qualquer uma: pra entrar na lista, tem que ser hit. Estão lá, por exemplo, Celine Dion ("My Heart Will Go On"), The Doors ("The End") e até os Bítous ("O-bla-di, o-bla-da"). Pessoalmente, eu até gosto dessas músicas e não tenho problemas em ouvi-las, porque esse negócio de "pior música" varia de pessoa pra pessoa. Pra mim, por exemplo, a pior dos Beatles é "Sun King". Tem umas que são até boas mas que tocaram tanto que não dá mais pra ouvir. "Tears in Heaven", infelizmente, já está quase entrando nessa categoria.

Sem pensar muito, posso incluir na minha lista das canções mais chatas e irritantes do mundo as seguintas "obras", e sem ordem definida:

1. "Malandragem" (Cássia Eller): tocou na versão lenta, saiu o acústico e esse foi o single, quando a música dá sinais de que vai parar de tocar a Cássia Eller morre e as rádios voltam a torturar nossos ouvidos com ela.

2. "More than words" (X-treme): não sei porque, mas toda menina adora essa música. Eu não suporto. Ao contrário de "Malandragem", dessa eu nunca gostei. Ahhh! Que saco!!

3. "Wish you were here" (Pink Floyd): podem me crucificar aqui, mas essa é a pior música do Pink Floyd. Ouçam o disco da vaca, o do prisma ou o dos tijolinhos e acharão coisas mil vezes melhor.

4. "À Sua Maneira" (Capital Inicial): pra quem não sabe, essa é uma versão de uma música em espanhol. Os Paralamas gravaram uma outra versão da mesma música, que ficou mil vezes melhor ("De Música Ligeira", do disco 9 Luas). Se bem que "Tudo que vai" e a versão acústica de "O Passageiro" conseguem ser mais chatas.

5. tudo o que o Jota Quest vem fazendo nos últimos tempos, como "Só Hoje" e "Amor Maior", ou ainda a horrorosa "O Vento".

6. falando em vento, a Legião também tem umas coisas horríveis, como "Vento no Litoral" e "Angra dos Reis". É ouvir isso e começar a derreter no chão, de tédio e depressão.

7. "Nada Sei" (Kid Abelha): certas bandas deveriam parar na hora certa. No caso do Kid Abelha, poderiam muito bem acabar logo depois de lançarem "Te amo pra sempre" que não fariam mal nenhum pra humanidade.

8. pensando bem, todo o pop-rock nacional que está na mídia atualmente merece entrar nessa lista. Destaques para "A Cera" (O Surto, que felizmente sumiu), a música do "mas que se foda!" do Charlie Brown, aquela baladinha do Detonautas ("tento te encontrar..."), a versão do Kid Abelha para "Quero te encontrar" do Claudinho & Buchecha, "Dois Rios" do Skank (single tão chato de um cd legal, que contém a fantástica "Formato Mínimo"), a música que o D2 canta com o filho dele e por aí vai. É só ligar na 98FM que 90% das músicas que tocarem poderão entrar aqui.

9. obviamente fiquei só na área do pop rock porque é um estilo que eu ouço e gosto (Titãs das antigas, Paralamas, Ultraje, Raimundos antigo, Tianastácia, Skank, etc). Porque senão era assunto para duzentos e vinte e nove outros posts. E além do mais, ficar criticando pagode e sertanejo é quase que redundância.

27/04/2004

...Fatality!



Sapassado eu vi um dos filmes trashs mais legais já produzidos no cinema: o aguardado Kill Bill - volume 1. Sim, é um filme trash e dos mais lotados de catchup ainda por cima. Braços voam e cabeças rolam sem pudor enquanto Uma Thurman, que só fazia filmes ruins nos últimos anos, fatia todo mundo com espada e estilo . É tão sanguinolento quanto A Paixão de Cristo, com a diferença de que em Kill Bill todo mundo ri após cada cena. Eu fico imaginando se o filme do Mortal Kombat tivesse sido dirigido pelo Quentin Tarantino. Ia ser um barato.

Infelizmente, o filme é curto demais, simplesmente porque o Tarantino resolveu dividi-lo ao meio (aliás, ele resolveu fazer o mesmo com vários personagens de sua história; posso dizer até que a história é tão maluca que alguns personagens pareciam sem pé nem cabeça; ok, chega de piadinhas ridículas...). Enfim, a segunda parte só chega nos cinemas daqui em outubro e olhe lá. Enquanto isso, vou ver se alugo Cães de Aluguel e Jackie Brown, os outros dois filmes do cara que eu ainda não assisti (Pulp Fiction só fui ver uns meses atrás, e é realmente imbatível).

PS: Sei que todos estavam esperando ansiosamente uma atualização há praticamente uma semana, e hoje cá estou eu de volta ao brog. Em breve, uma nova leva da série "Na falta de assunto, vamos a listas esdrúxulas". O quão breve é que eu não sei...

21/04/2004

Bonito isso... li num blog

ESPALHE O MEME
1. Pegue o livro mais próximo de você;
2. Abra o livro na página 23;
3. Ache a quinta frase;
4. Poste o texto em seu blog junto com estas instruções.


"A família trabalhava na roça e quem batia enxada não agüentava esperar a refeição para muito depois das nove horas."
[DINIZ, José Henrique. "Pelas trilhas da vida".]


Vi isso em vários blogs e resolvi entrar na dança, mesmo porque a falta de assunto que já acometia esse blog anda tomando proporções gigantescas nas últimas semanas. Se você achou inútil, saiba que provavelmente está errado. Este é um claro exemplo da memética, ou de como as idéias parecem ter vida própria. Tanto que ninguém sabe como esse negócio de "Espalhe o meme" começou. Também tem um quê de dadaísmo. Pra ter graça tem que ser realmente o livro mais próximo de você, se ficar escolhendo demais tudo isso perde o sentido. No futuro certamente um sociólogo esperto fará uma tese sobre o conceito de acaso/destino contido nessa coisa toda. Tente você também. Quem sabe não encontra uma mensagem guiada pelo "acaso" que mude sua vida? Afinal, tem doido pra tudo...

16/04/2004

Continuo queimando tudo até a última ponta...

Ontem estava eu lendo a última Super Interessante (a com a capa nada oportunista "Quem matou Jesus?"), quando me deparei com a carta mais esdrúxula que já li numa revista. Tanto a pergunta do tal William da Mata quanto a resposta da revista são dignas da seção "S.A.C.aneie" do Cocadaboa, aquele em que as pessoas mandam perguntas absurdas para o serviço de atendimento ao consumidor de várias empresas e o pessoal responde, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Com vocês, a carta:

"Há poucas semanas fiquei sem o papel de seda que utilizo para enrolar meus cigarros de maconha. Lembrando que a Super sempre defendeu a natureza, utilizei uma página da última edição para confeccionar o "baseado". Após fumá-lo senti dores de cabeça e ânsia de vômito. Fumo maconha há quatro anos e isso nunca havia acontecido. Associei o ocorrido ao papel da Super. É seguro fumar uma página da revista? - William da Mata, por e-mail.

A resposta é de Wagner Pastrello, gerente de qualidade da gráfica Abril. "Para branquear o papel é utilizada soda cáustica. As tintas são compostas por pigmentos petroquímicos, vernizes, tolueno e aditivos como plastificantes e espessantes. Nenhum desses produtos traz malefícios à saúde quando manuseados para leitura. Mas, apesar de não existirem estudos sobre as conseqüências de fumar esses compostos, qualquer gás resultante da combustão é potencialmente nocivo.""

Coincidência ou não, na página anterior tem uma foto do Marcelo D2 dizendo que lê a Super. Eles só podem estar brincando...

12/04/2004

Coelhinho, se eu fosse como tu...



E lá se vai a Páscoa. É uma data interessante, todos recebem chocolates sem motivo algum, mas não existe aquele "espírito" de Páscoa como existe o de Natal. Se bem que rolam uns casos até engraçados. Alguns dos que eu lembro:

>> Numa das primeiras Páscoas da minha vida, quando eu tinha uns 3 ou 4 anos, meus pais compraram ovinhos de vários tamanhos e colocaram todos espalhados no jardim lá de casa. Justo no domingo eu demorei pra acordar e o plano acabou por fracassar: quando minha mãe finalmente conseguiu fazer com que eu me levantasse e, "por acaso", fosse ao jardim ver se notava alguma coisa diferente por lá, o chocolate dos ovos já tinha derretido sob o sol quente e as formigas, atraídas pelo cheiro, já estavam devorando tudo. Triste.

>> E minha tia, que resolveu colocar "pegadas" do coelhinho da Páscoa dentro do apartamento, só que em vez de fazer com farinha ou algo assim, fez de papel? Sem colá-los no chão. O mais incrível é que os filhos acreditaram, e um deles acabou virando o baixista da minha banda.

>> Em 2002, eu tava no terceiro ano e tinha aquela história de "pedágio": todo mundo tem que ir fantasiado de alguma coisa e passar o recreio inteiro fazendo papel de ridículo, senão paga uma taxa pra ajudar na formatura. Um dos primeiros pedágios foi de coelhinho da páscoa, e lá fui eu fazer as orelhinhas em casa. O resultado foi meio desastroso, as orelhas ficaram longas demais. Lembro até hoje de uma colega minha me chamando de "burrinho da Páscoa". Guardos as orelhas de burro até hoje como recordação.

>> Falando em coelhos, não sei como fui esquecer esse "virundum" ao escrever o post anterior. Quando eu tinha uns 4 anos, havia uma música famosa ("Baby Can I Hold You Tonight") que dizia assim: "But you can say baby... Baby, can I hold you tonight?...". Não satisfeito com a letra em inglês, peguei a sonoridade e fiz minha própria versão: "Eu nunca sei baby... Baby Pernalonga e seus amigos..."

07/04/2004

Alagados... Cristal!

Virunduns - troque de biquíni sem parar

Dia desses eu fiquei rindo sozinho lendo um blog que descobri. Chama-se Virunduns e é sobre letras que todo mundo entende errado. Como Alagados, dos Paralamas, cujo refrão é "Alagados, Trenchtown!" mas já vi gente cantando "Cristal!", "Spring Town!" e "Flintstones!". O site é uma versão brasileira do Kiss This Guy, mas é muito mais legal ver os enganos auditivos na nossa língua materna e perceber que muitas vezes cantávamos aquela música errado como um monte de gente.

O neobobagismo "virundum", a palavra que designa esses enganos, é inspirada no famoso primeiro verso do nosso Hino Nacional ("Virundum Ipiranga às margens plácidas", ou sua versão ainda mais infame, "Elvira do Ipiranga às margens plácidas"). Recomendo o site que é muito divertido.

Minha mãe conta que quando criança não entendia o que diabos era o "duberrú, duberrú que o gato deu" e o "Dona Chica-ca dimirou cecê" no clássico Atirei o Pau no Gato. Criança sofre... Eu mesmo descobri há não muito tempo que cantei errado durante anos várias músicas famosas. Por exemplo:

Como Nossos Pais (versão da Elis Regina): O verso "é você que ama o passado e que não vê", pra mim sempre foi: "é você que é mal passado e que não vê". Sinceramente, prefiro a minha versão.

Zé Ninguém (Biquíni Cavadão): "Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém. Aqui embaixo, vocês são diferentes". O original é "as leis são diferentes", e demorei uns dez anos pra descobrir isso.

Proibida Pra Mim (Charlie... tu du tum... tudjuc... Brown!): Não entendia porque no encarte do cd vinha "Ela achou meu cabelo engraçado", porque eu sempre entendi "Ela achou meu capiano engraçado". Nunca descobri o que era um capiano, mas meu engano tinha até razão de ser: o Chorão, com sua dicção belíssima, não pronuncia exatamente "cabelo", mas algo como "cabielo", meio arrastado. E o "tu du tum" aí em cima é uma representação escrita dos "beat box" que eles fazem em absolutamente todas as músicas.

Agora, todos cantando juntos: "Alagados..." é... o quê que era mesmo?

05/04/2004

Recursos de informática que seriam muito bem-vindos na vida real



>> Control + C / Control + V >> Copiar e colar. O que seria da nossa vida sem eles? Poupam muito trabalho e muita digitação. Imaginem na vida real: a coisa menos criativa que eu consigo pensar é economizar uma fortuna em xerox. Se estendêssemos esse recurso aos diálogos, por exemplo (responder a pergunta "O que exatamente foi que Fulano falou?!" seria imensamente mais fácil)...

>> Control + Z >> Desfazer a ação anterior. Fabuloso. Equivalente à maquininha de apagar memórias em Homens de Preto. Você poderia testar todas as cantadas do mundo com apenas uma garota e não soar insistente, pois ela só se lembraria da última.

>> Control + Alt + Del >> Resetar. Reiniciar tudo. Quantas vezes não estamos dentro do ônibus, o dito cujo quebra, começa a chover e um cachorro ainda te morde a perna, e não desejamos acordar de novo e ficar em casa?

(Valeu Leandro pela idéia de homenagear o control c, control v!)

04/04/2004

04/04/04

Hoje é um dia especial. Além de ser o aniversário de Hugo "Agente Smith" Weaving e o dia em que John Lennon lançou o compacto de "Stand By Me", lá pelos idos de 1977, é o único dia do ano em que o dia é igual ao mês que é igual ao ano e assim por diante. Ainda em abril teremos algo semelhante, no dia 20/04/2004. Não se esqueça de guardar um champanhe para abrir às 20h 04min.

Acham que estou brincando? Há pouco mais de dois anos, às 20:02 do dia 20/02/2002, passou até reportagem no Jornal Nacional, apresentando ao público leigo as já tradicionais capicuas, a.k.a. palíndromos numéricos. Um barato. Lembro quando eu estava na primeira série, 02/02/92, imaginando como seria legal escrever no caderno 09/09/99. Sete anos depois, eu já na oitava série, não esqueci a promessa e dediquei quase meia página à data.

Chegará uma época em que esses fenônemos tão intrigantes quanto inúteis não ocorrerão mais com tanta freqüência. Não pode haver, por exemplo, um 13/13/2013, a não ser que algum ditador megalomaníaco domine o mundo e obrigue a criarem mais um mês com o seu nome depois de dezembro. Pouco provável. Enquanto isso, não se desespere se não puder comemorar devidamente a capicua calendárica de hoje. Daqui a um ano, um mês e um dia tem mais.

03/04/2004

Na falta de assunto, vamos a listas esdrúxulas

Jornalistas adoram fazer listas quando falta notícia. Dá-lhe "100 melhores discos", "100 maiores vilões" ou "100 melhores diretores ucranianos que tiveram problemas com marimbondos na infância". No jornalismo musical então nem se fala. A revista Zero, por exemplo, adora fazer isso. Em dois anos de vida, já fez "20 discos mais bombásticos", "25 melhores do rock brasileiro" e "100 discos que você deve ter".

Não os culpo. Fazer lista é um negócio legal, mas sou adepto da escola "Alta Fidelidade": listas têm que ser algo extremamente pessoal e subjetivo. Não adianta fazer lista dos melhores discos de todos os tempos porque sempre vai ser Beatles, Pink Floyd, o Pet Sounds do Beach Boys, etc. Legal mesmo é uma lista dos, digamos, melhores discos pra você. Só que hoje a minha seleção de melhores/maiores não vai ser sobre música, mas de um assunto um pouquinho diferente:

Os 3 tombos mais engraçados que já tomei

3) Postinho da Av. Amazonas, 2002: lá estava eu conversando com o pessoal antes de alguma prova, sentado naquelas cadeiras de plástico. O chão era todo esburacado e por alguma coincidência do destino os dois pés de trás entraram nas pequenas valas enquanto os da frente continuaram na altura normal. Resultado: cai pra trás, em câmera lenta ainda. O povo até hoje lembra das minhas pernas pra cima.

2) Sala de aula, 1999: eu tava correndo de alguém, provavelmente por causa de alguma brincadeira besta. Chegou um ponto da fuga em que eu não tinha espaço mais para correr pros lados, exceto se eu pulasse por cima da cadeira. Eram aquelas que já vêm com mesa grudada, ligada por meio de um braço só. O infeliz aqui pisou em cima do braço da cadeira e ficou parado lá por mais de meio segundo. Resultado: desabei como um prédio em implosão, no meio de mochilas e cadeiras que caíram também. Passei o resto da aula tentando arrumar a pulseira do meu relógio, que saiu do meu pulso e estragou (!!) no meio do tombo.

1) Quadra da minha escola, 2000: início da aula de Educação Física. O professor ainda não tinha chegado e um bando de garotos mais novos começam a xingar do lado de fora da grade: "Seus cuzões! Seus cagões", rindo à beça. "Vamos correr pra passar um susto neles", combinamos, e começamos a correr em direção à grade. Eles saem correndo como esperado. Minha lembrança seguinte é a de escorregar no chão, que estava molhado, e me esborrachar feio. Olho pra frente e estão caídos também o Matheus Isoni e o Adriano (atualmente, baterista do ABWNN). Nossa sorte foi que os moleques não viram, se não perderíamos qualquer resquício de moral que ainda tivéssemos com eles. Mas todos os nossos colegas de sala viram. O Leandro, inclusive, ri disso até hoje.

01/04/2004

"Enganei o bobo, na casca do ovo..."



Eu pretendia fazer um post comentando alguma revelação impressionante divulgada hoje pela imprensa, como o paradeiro da barba do Marcelo Camelo ou a descoberta de que o verdadeiro Michael Jackson é um negão mantido em cativeiro por anos pelo ser albino que tomou seu lugar. Mas desisti porque ninguém ia acreditar mesmo.

Hoje em dia está todo mundo mais vacinado com o Primeiro de Abril. Para uma mentira colar, tem que haver uma conspiração formada por várias pessoas e alguma prova falsa muito convincente. Ou então mentiras tão simples e bestas que não tem como a pessoa não acreditar, tipo um "seu zíper tá aberto" quando o cara está apresentando um trabalho na faculdade, como aconteceu hoje na minha sala.

O primeiro de abril mais legal que eu já preguei em alguém foi há muito anos, quando liguei pra minha avó Célia e falei: "Ô vovó, uma amiga sua acabou de ligar pra cá perguntando se a senhora tá em casa, ela tá aí na sua porta batendo campainha e ninguém atende!". Um tempão depois, ela me liga de volta. "Eu fiquei na porta esperando por meia hora, mas não tinha ninguém lá... Que amiga que era?". "Não sei não, vovó... mas também, deve ser porque hoje é primeiro de abril..." "Bandido" e "canalha" foram algumas das palavras de que ela me xingou em seguida, enquanto eu ria à beça.

Teve um que foi melhor que esse, só que o único detalhe é que não foi exatamente no dia primeiro de abril. Eu tava no terceiro ano e, junto com o Léo, amigo meu, fiz uma notícia falsa como se tivesse sido tirada do UOL. "Próxima Copa Do Mundo É Adiada Para 2007" era a manchete. Nela contava-se a decisão da Fifa de mudar a Copa de 2006 para o ano seguinte, de modo que homenageassem os 5 anos do atentado de 11 de setembro no dia da final. Com isso, as Copas seguintes aconteceriam nos anos 0ímpares, assim como as Olimpíadas, que também seriam "remanejadas" em razão da mudança. Mesmo absurda, pregamos a notícia no mural da sala e teve gente que acreditou. O Yan, por exemplo, leu a suposta reportagem e saiu xingando pelos cantos, indignado. Meu pai foi outro, entreguei o papel pra ele, ele leu e sentenciou: "Isso é ridículo".

Quem quiser se aprofundar mais num assunto tão importante, recomendo o Museum of Hoaxes, que lista os 100 melhores "primeiros de abril" da História. Se você não acredita, o problema é seu.

Quem

Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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