Foi com um triste pesar que, na primeira música do show do Los Hermanos no último 13 de março, no Lapa Multshow, eu e mais o mundaréu de gente que estava ali imaginamos que Marcelo Camelo, um dos compositores, guitarristas, vocalistas e clones do Bin Laden na banda, tinha sido substituído por um qualquer, cuja única semelhança com o antigo integrante era o timbre de voz parecido.
Mas não, era apenas a barba que tinha sumido. "Mas como?!", alguém pensará. "Um cara do Los Hermanos sem barba? Ainda mais o Marcelo Camelo?!". É, pessoal. Como diria o sábio Badauí, "o mundo dá voltas" e, embora os outros músicos da banda continuem ostentando invejáveis cabeleiras no queixo, Camelo prefere manter a cara como bundinha de nenem.
Homenagens e despedidas à famosa barba não faltaram, como em "Todo Carnaval Tem Seu Fim", "Adeus Você" e, claro, "Cara Estranho". Outros grandes momentos do show, que aliás foi excelente:
>> O trio de metais, que são um bando de palhaços, brincando e conversando o tempo inteiro. Um barato.
>> A tradicional chuva de confetes e serpentinas em "Todo Carnaval Tem Seu Fim", que caíam na guitarra do Camelo e o atrapalhavam a tocar. Eu mesmo guardei um punhado de serpentinas que caíram em mim no bolso, como lembrança do show.
>> A interrupção da música "Sentimental" no meio, quando uma mulher desmaiou na platéia perto do palco e o próprio Camelo, junto com uns roadies e seguranças, levantou a desfalecida e a levou para o backstage. A galera começou a gritar "de novo! de novo!", para que a música fosse recomeça, no que o Amarante conversa com o Camelo e fala com o público: "Ah, a gente tá com preguiça..." e retoma a canção no meio mesmo.