27/03/2004

A criatividade divina não tem limites...

A Austrália deve ser um lugar fascinante. Vejam o canguru, por exemplo. É tipo um cachorro boxeador saltitante com uma bolsa na barriga. Ou o coala, que é uma mistura de ursinho de pelúcia com bicho-preguiça. Mas o bicho mais esquisito da Oceania, talvez do mundo (sem contar o fundo do mar, uma fonte inesgotável de bizarrices), é o ornitorrinco. Meus sonhos para o futuro incluem pular de pára-quedas, tirar foto fazendo chifrinho num guarda real britânico e conhecer pessoalmente um ornitorrinco.



Vejam só: ele tem bico de pato, pé de pato, até a mesma cara de panaca que os patos têm, mas é um mamífero! O único mamífero, aliás, que bota ovo. O único mamífero venenoso (olhe por onde anda!). O único mamífero que não tem tetas, o leite escorre pela pele. Pela pele, vejam só! Pior que isso, só a notícia que eu li numa Istoé do começo do ano passado: no zoológico de Taronga, na Austrália, nasceram os primeiros ornitorrincos gêmeos do mundo.



Até o nome do bicho é estranho: ornitorrinco. Só não é tão estranho quanto a definição de biselho. Mas isso, também, ninguém supera.

Quem

Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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