Recordista mundial
Quando eu tinha meus 9 ou 10 anos, eu e meu primo Bruno queríamos de todo jeito fazer com que nossos nomes aparecessem no Guinness, o Livro dos Recordes. Alguns de nossos projetos malucos foram uma corrente de clipes de papel e um bando de saquinhos com papel picado dentro (queríamos juntar a maior quantidade de papel picado em saquinhos já reunida no mundo, pode isso?!).
Um recorde que me chamou a atenção na edição 1995 do livro era um que estava nas páginas finais, e era a única prova que a "proposta de homologação de recordes" (tipo uma ficha de inscrição para você mandar seu recorde) funcionava mesmo:
Era engraçado porque não era um recorde lá muito comum. Nunca tomou um banho quente na vida? Como assim?
Muitos anos depois, em 2002, eu já tinha esquecido esse negócio de Guinness há muito tempo (os clipes voltaram a servir somente para prender papéis), quando compareci numa reunião do meu condomínio e li, na lista de presença: "Magno Xisto Guerra". Como minha memória é boa para essas coisas inúteis, logo lembrei do livro de 1995 e fui lá conferir. Era verdade: um dos meus futuros vizinhos tinha seu nome no Livro dos Recordes!
Tive a chance de conversar com o sr. Magno numa festa junina, e ele continuava sem tomar banho quente. Preferia uma ducha fria, mesmo em invernos abaixo de zero que ele já tinha enfrentado. Um hábito inusitado, no mínimo. Outro dia fui visitar a casa dele, que vai ficar em frente à minha e está em fase final de construção, e não resisti à pergunta: "Vai ter chuveiro quente?". Ele respondeu, rindo: "Vai. Mas não pra mim".
Um recorde que me chamou a atenção na edição 1995 do livro era um que estava nas páginas finais, e era a única prova que a "proposta de homologação de recordes" (tipo uma ficha de inscrição para você mandar seu recorde) funcionava mesmo:
Era engraçado porque não era um recorde lá muito comum. Nunca tomou um banho quente na vida? Como assim?
Muitos anos depois, em 2002, eu já tinha esquecido esse negócio de Guinness há muito tempo (os clipes voltaram a servir somente para prender papéis), quando compareci numa reunião do meu condomínio e li, na lista de presença: "Magno Xisto Guerra". Como minha memória é boa para essas coisas inúteis, logo lembrei do livro de 1995 e fui lá conferir. Era verdade: um dos meus futuros vizinhos tinha seu nome no Livro dos Recordes!
Tive a chance de conversar com o sr. Magno numa festa junina, e ele continuava sem tomar banho quente. Preferia uma ducha fria, mesmo em invernos abaixo de zero que ele já tinha enfrentado. Um hábito inusitado, no mínimo. Outro dia fui visitar a casa dele, que vai ficar em frente à minha e está em fase final de construção, e não resisti à pergunta: "Vai ter chuveiro quente?". Ele respondeu, rindo: "Vai. Mas não pra mim".
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