2005, o ano em que eu...
... transformei uma calota da Volkswagen esquecida na calçada aqui em frente no mais novo item da minha coleção insólita, que inclui uma baqueta quebrada, um pedaço de prato de bateria, um X de um carro da Fiat, uma bolacha de chopp da Kaiser, um saco de vômito de avião e um punhado de serpentinas que caíram em mim num show do Los Hermanos.
... aprendi a dizer “eu não sei” em árabe, mais uma aquisição no projeto de me tornar um ignorante poliglota, que já tinha a frase em alemão, inglês, italiano e francês. Ah, sim: em árabe, diz-se “no malun”.
... toquei “Milla” na Obra. Sim, aquela casa de shows mais underground impossível. Sim, aquela música do Netinho.
... fui pela primeira vez no enlamaçado Camping & Rock, onde o camping, no final das contas, foi mais divertido que o rock.
... pisei no Chile e na Nova Zelândia, mas apenas por poucas horas e apenas nos aeroportos, embora, nesse tempo, tenha feito amizade com um garçom chileno chamado Rodolfo Morales e um bando de brasileiros indo ou voltando pra casa.
... não tive, pela primeira vez na minha vida, o dia 7 de julho.
... dei comida pros cangurus, corri do ataque implacável dos emus, observei os crocodilos bem de longe e fiquei um tanto entediado ao ver de perto que os coalas são um saco.
... comprovei ao vivo que, contra todas as probabilidades, o ornitorrinco existe mesmo.
... fiz snorkel na Barreira de Corais, andei bastante de bicicleta, joguei golfe, pesquei e bati meu próprio recorde pessoal, conseguindo freqüentar, de janeiro a dezembro, uma academia.
... participei de um protesto silencioso pela paz na King George Square, em Brisbane. Toda primeira sexta-feira do mês, eles se reúnem nessa praça e ficam em pé por uma hora e meia, das quatro e meia às seis da tarde. Cheguei lá cinco pras seis e ainda ganhei um “thank you for joining us” no final.
... fui numa festa a fantasia vestido de cangaceiro, usando o chapéu característico que minha mãe trouxe de João Pessoa, um casaco que foi do meu avô, dois cintos amarrados no peito em forma de X, um lenço no pescoço, sandálias da Reebok e uma camisa do Hard Forró Café.
... escolhi a direita em vez da esquerda e, trinta segundos depois, tive meu carro batido por dois caras que iam pra Floricultura. Um mês de ônibus até ter o Celtinha novamente.
... cantei com O Móbile na Obra, no aniversário de 4 anos da banda. Duas cervejas e uma ausência completa de ensaios me fizeram esquecer boa parte da letra, cujo refrão era: “mas o culpado sou eu... o culpado sou eu!”. Antes de sair do palco, declarei: “Se alguma coisa deu errado nessa música, o culpado sou eu”.
... passei uma noite torcendo pra amanhecer logo, perdido no meio da selva numa barraca com outros três caras, sem poder sequer me mover direito, que dirá dormir.
... tive minha foto premiada no site da 98FM, e, além de visitar a rádio, ganhei um kit que consistia num boné, um chaveiro da 98, um chaveiro do Pop Rock e um bloquinho de anotações do Pop Rock Brasil. De 2004!
... entrei para o meu primeiro estágio, onde pude ver textos ou frases que escrevi em folders, outdoors e na revista Veja, além de visitar o Corpo de Bombeiros de Beagá e a cidadezinha de Cachoeira do Campo.
... estive entre as quarenta mil pessoas que cantaram “tchururu tchu tchururu” em “Black” e “ô ôôô ô ôôô ô ôôôôôô” ao fim de “Daughter”, sem falar em “Do The Evolution”, “Better Man”, “Alive” e tantas outras, no último show do Pearl Jam em terras brasileiras.
... consegui finalizar, finalmente, alguns projetos antigos, como o texto sem a letra A e o conto sobre o futuro sombrio da Turma da Mônica.
... ganhei dois copos comprados no Epa num amigo oculto da faculdade, e os esqueci na mesma noite numa mesa de boteco.
... ganhei uma guitarra, uma escaleta e um chaveiro de gaitinha que fizeram questão de estragar no segundo dia.
... estive 6 vezes no distante Aeroporto Internacional de Confins.
... fui um dos campeões mineiros de aviões de papel na categoria melhor acrobacia, naquele que foi, talvez, o fato mais avulso do ano.
Quem sabe a retrospectiva de 2006 não incluirá um "estive na Áustria pela primeira vez, como campeão brasileiro de aviõezinhos de papel"?
Veremos.
Ano que vem tô aí.
... aprendi a dizer “eu não sei” em árabe, mais uma aquisição no projeto de me tornar um ignorante poliglota, que já tinha a frase em alemão, inglês, italiano e francês. Ah, sim: em árabe, diz-se “no malun”.
... toquei “Milla” na Obra. Sim, aquela casa de shows mais underground impossível. Sim, aquela música do Netinho.
... fui pela primeira vez no enlamaçado Camping & Rock, onde o camping, no final das contas, foi mais divertido que o rock.
... pisei no Chile e na Nova Zelândia, mas apenas por poucas horas e apenas nos aeroportos, embora, nesse tempo, tenha feito amizade com um garçom chileno chamado Rodolfo Morales e um bando de brasileiros indo ou voltando pra casa.
... não tive, pela primeira vez na minha vida, o dia 7 de julho.
... dei comida pros cangurus, corri do ataque implacável dos emus, observei os crocodilos bem de longe e fiquei um tanto entediado ao ver de perto que os coalas são um saco.
... comprovei ao vivo que, contra todas as probabilidades, o ornitorrinco existe mesmo.
... fiz snorkel na Barreira de Corais, andei bastante de bicicleta, joguei golfe, pesquei e bati meu próprio recorde pessoal, conseguindo freqüentar, de janeiro a dezembro, uma academia.
... participei de um protesto silencioso pela paz na King George Square, em Brisbane. Toda primeira sexta-feira do mês, eles se reúnem nessa praça e ficam em pé por uma hora e meia, das quatro e meia às seis da tarde. Cheguei lá cinco pras seis e ainda ganhei um “thank you for joining us” no final.
... fui numa festa a fantasia vestido de cangaceiro, usando o chapéu característico que minha mãe trouxe de João Pessoa, um casaco que foi do meu avô, dois cintos amarrados no peito em forma de X, um lenço no pescoço, sandálias da Reebok e uma camisa do Hard Forró Café.
... escolhi a direita em vez da esquerda e, trinta segundos depois, tive meu carro batido por dois caras que iam pra Floricultura. Um mês de ônibus até ter o Celtinha novamente.
... cantei com O Móbile na Obra, no aniversário de 4 anos da banda. Duas cervejas e uma ausência completa de ensaios me fizeram esquecer boa parte da letra, cujo refrão era: “mas o culpado sou eu... o culpado sou eu!”. Antes de sair do palco, declarei: “Se alguma coisa deu errado nessa música, o culpado sou eu”.
... passei uma noite torcendo pra amanhecer logo, perdido no meio da selva numa barraca com outros três caras, sem poder sequer me mover direito, que dirá dormir.
... tive minha foto premiada no site da 98FM, e, além de visitar a rádio, ganhei um kit que consistia num boné, um chaveiro da 98, um chaveiro do Pop Rock e um bloquinho de anotações do Pop Rock Brasil. De 2004!
... entrei para o meu primeiro estágio, onde pude ver textos ou frases que escrevi em folders, outdoors e na revista Veja, além de visitar o Corpo de Bombeiros de Beagá e a cidadezinha de Cachoeira do Campo.
... estive entre as quarenta mil pessoas que cantaram “tchururu tchu tchururu” em “Black” e “ô ôôô ô ôôô ô ôôôôôô” ao fim de “Daughter”, sem falar em “Do The Evolution”, “Better Man”, “Alive” e tantas outras, no último show do Pearl Jam em terras brasileiras.
... consegui finalizar, finalmente, alguns projetos antigos, como o texto sem a letra A e o conto sobre o futuro sombrio da Turma da Mônica.
... ganhei dois copos comprados no Epa num amigo oculto da faculdade, e os esqueci na mesma noite numa mesa de boteco.
... ganhei uma guitarra, uma escaleta e um chaveiro de gaitinha que fizeram questão de estragar no segundo dia.
... estive 6 vezes no distante Aeroporto Internacional de Confins.
... fui um dos campeões mineiros de aviões de papel na categoria melhor acrobacia, naquele que foi, talvez, o fato mais avulso do ano.
Quem sabe a retrospectiva de 2006 não incluirá um "estive na Áustria pela primeira vez, como campeão brasileiro de aviõezinhos de papel"?
Veremos.
Ano que vem tô aí.
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