Minha alma canta
Demorou um café da manhã, um açaí, um prato de comida e um mergulho no mar para que meu corpo pudesse novamente suportar uma cerveja. À noite consegui agüentar até uma caipirinha no Clandestino's Bar, que fica aqui do lado do albergue, assistindo a um DJ tocar. Isso aí, um DJ tocando. Normalmente tenho uma certa preguiça de música eletrônica e dos muitos que se dizem DJs mas só apertam plays e arranham vinis. Mas esse cara era foda. Fazia a mixagem na hora, tocando teclado e dedilhando suas geringonças modernas. Estava ainda acompanhado de umas moças cantando e um VJ que juntava imagens bizarras previamente selecionadas com vídeos ao vivo, do próprio bar, culminando num remix audiovisual malucão dos diálogos de "Tropa de Elite".
O fim-de-semana também tem sido cultural. Visitamos o Museu da República, que funciona no Palácio do Catete e conta com as escadarias onde os presidentes desciam acenando, as mesas onde davam seus banquetes e o quarto onde Getúlio se matou, inclusive com o pijama perfurado e o revólver com que rumou à eternidade. Também demos um pulo ao Maracanã vazio, com direito a visita (ainda que restrita) aos vestiários, à tribuna de honra e ao verde tapete da realeza. Agora, enquanto o Thales assiste em algum barzinho aqui perto o jogo do Botafogo, eu volto à Babel que está esse albergue, com italianos falando espanhol, israelenses falando inglês e criancinhas peraltas que só falam "ça va". Au revoir.
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