O Rio de Janeiro Fevereiro Março
Achamos que seria fácil assistir à estréia do Brasil na Copa do Mundo de Beach Soccer, que acontece na areia de Copacabana e tem entrada franca. Afinal, quantos animariam ver o Brasil jogando contra as Ilhas Salomão? Muita gente, na verdade. Milhares estavam sob o sol escaldante, berrando os gritos de torcida, e a fila do lado de fora atingia meio quilômetro. Preferimos evitar a muvuca e fomos tomar um chopp sob a sombra, num restaurante que tinha um cardápio fantástico. "Contra-filé" estava traduzido como "against-filet". A versão em inglês de "Camarão à Paulista" era "shrimp to the inhabitants from São Paulo".
Depois de uma tarde dedicada a petiscos, chopps e andanças pela orla, cruzamos com um bando de jovens zumbis na Avenida Atlântica, ali perto do Copacabana Palace. Um grupo enorme de pessoas com estacas cravadas no peito, cicatrizes horrendas e sangue por todo lado. Ficou o mistério: seria comemoração de Finados? Protesto contra a precariedade da saúde pública? Fui encontrar a resposta só no orkut mesmo. Na volta para o albergue, o calor desértico e os pastéis de siri e de camarão que eu havia comido mais cedo começaram a fazer efeito. Resultado: enquanto a galera do albergue se divertir num barbecue noturno com a gringaida, passei mal a noite inteira.
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