07/03/2011

Quarta maluca dos museus II - Da Vinci e os espelhos

Minha primeira impressão do Museu de Ciência de Hong Kong foi bem similar ao Museu de Espaço: uma imensa maioria de atrações com grande apelo infanto-juvenil, gerando dois tipos de problemas para o público pós-12 anos.

1) Muitas exibições acabam parecendo superficiais e bobinhas.
2) Aquelas que são bacanas, interessantes e interativas estão igualmente lotadas de fedelhos, pouco dispostos a arredar pro lado e deixar os adultos brincarem também.


Olá amiguinhos! Hoje vamos falar de segurança no trabalho. Um assunto extremamente interessante para a criançada! 

A “Ciência” do nome do museu abrange um número considerável de ramificações. Mais de quinze galerias exibem trecos e troços sobre luz, som, movimento, eletricidade, magnetismo, matemática, transporte, telecomunicações, nutrição, energia, saúde, etc, etc, etc. São mais de 500 atrações e quase 70% são interativas, cheias de botõezinhos, manivelas, câmeras e espelhos. Uma das mais legais é uma “cama de faquir”: você deita, o cara aperta um botão e milhares de pregos pontiagudos sobem, levantando seu corpo por alguns centímetros. E você sequer percebe. 


As camas chinesas não são muito diferentes. 

Eu já estava quase indo embora do Museu de Ciências quando resolvi conferir o subsolo, e acabei estendendo minha visita em mais umas três horas (e perdendo a hora pra ver o Museu de História logo em frente). De ilusões de ótica a esqueletões de dinossauro, trocentos campos da Ciência estavam ali representados, como se fosse uma daquelas feiras de colégio, mas numa versão profissa. 

 

Uma exibição temporária me atraiu especialmente: “As Maravilhosas Invenções de Leonardo da Vinci”. Você sabe, Da Vinci estava pelo menos uns 300 anos à frente do seu tempo – se fosse um pouquinho mais visionário, seria também cineasta, programador e tuiteiro. A exposição trazia maquetes baseadas em seus inúmeros esboços, a maioria nunca posta em prática: criações davincianas em mecânica, hidráulica, vôo, armas de guerra, além de reproduções de suas pinturas mais importantes. 

 
Da Vinci se declarava um pacifista, mas também precisava comer, e ganhava uma grana para projetar armas de guerra como essa, cercada de canhões por todos os lados. 

 
A carapaça de cavaleiro medieval é só fachada: esse era um projeto de um robô rudimentar (!!). 

 
A ponte do rio que cai: visitantes tentam montar uma ponte davinciana que não precisava de nenhuma corda ou material extra, apenas uma peça encaixada na outra. Não conseguiram. 

 
Por que duas Monas Lisas? É que a da esquerda é uma versão restaurada digitalmente, "limpando" a obra dos efeitos do tempo.  



 
Parece forca, mas é uma espécie de roupa de mergulhador - olha ali os tubos de ar saindo da boca do cara. 

 
Pra quem não quer é afundar, ele também fez uma bóia jóia. 

 
E se a intenção é voar, Leonardo pensou nisso também. 

 
As asas em tamanho natural. Quem topa encarar um vôo nessa coisa?

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Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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