O dia em que todos se vestem de médicos
Acho que deveríamos comemorar o reveillón à uma hora da manhã. Estamos no horário de verão, ora bolas. Meia-noite é onze horas, uma hora é meia-noite, e assim por diante. Até pensamos em fazer isso ontem, na Praça do Papa. Meia-noite, cinqüenta e nove minutos e cinqüenta segundos começaríamos a contagem regressiva, nos abraçaríamos à uma hora e celebraríamos, finalmente, a chegada de 2005. Não ia adiantar. A turma que bebia Cidra Cereser e "vinho" Chapinha desde às nove da noite acharia que já estavam mais bêbados do que imaginavam, e para os sóbrios não passaríamos de uns patetas.
Enfim. Aceitamos o horário utilizado pela grandessíssima maioria da sociedade e comemoramos o reveillón com todo mundo. Quer dizer, todo mundo não, porque na Praça do Papa o pessoal estava mais preocupado em ver os focos de fogos de artifício espalhados por Beagá do que em celebrar o ano-novo. Até recebemos um "ssshhh!" quando gritamos um "êêêê!" mais alto. Nem contagem regressiva teve. Soubemos que 2005 estava aí quando os fogos maiores começaram a despontar no horizonte (belo?) que a gente avistava.
Fazer o quê, né. Não sei mais passar reveillón na cidade. Os últimos quatro passei na praia (Prado-BA na virada do milênio, Cabo Frio-RJ nos dois anos seguintes e Iriri-ES ano passado). Nenhum de nós tinha cem pratas pra pagar numa boate tipo Pop Rock Café, ouvindo a banda da noite tocando "Vou Deixar" e saboreando a deliciosa Nova Schin que servem nesses lugares. Optamos por um programa diferente: Praça do Papa, War II e falar muita bobagem. Muito divertido, no final das contas. E ainda tenho dinheiro na carteira.
Em tempo: foto do reveillón no bISELHO, o flog!
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