Filmes de Dois Mil e Dôuze - Parte 40
Chegando ao meu ducentésimo filme de Dois Mil e Dôuze!...
007 - NUNCA MAIS OUTRA VEZ (Never Say Never Again, Reino Unido/EUA/Alemanha Ocidental, 1983, dir. Irvin Kershner)
Um James Bond não-oficial lançado no mesmo ano que Octopussy, o grande trunfo de Nunca Mais Outra Vez é ter Sean Connery de volta, ainda que visivelmente mais velho, apenas 6 anos antes de viver Papai Jones em A Última Cruzada. (O engraçado é que, mesmo assim, Connery era mais novo que Roger Moore, o Bond oficial.) Por outro lado, perde pontos por ser um remake de 007 Contra a Chantagem Atômica, justamente um dos mais fracos do Bond Connery. Há bons momentos, como a luta no spa com um brutamontes (deve ser a primeira vez que realmente tememos por Bond) e o vilão meio imprevisível, que fica o tempo todo com um meio-sorriso no rosto – sem falar em Kim Basinger como bond girl e na improvável participação de Rowan Atkinson, futuro Mr. Bean! Mas eles teriam saído melhor se escolhessem uma história original sobre um Bond maduro e evitassem as chatas cenas submarinas que estavam por todo o Chantagem Atômica. Nota 3/5
TED (EUA, 2012, dir. Seth MacFarlane)
O ursinho desbocado, criado por um CGI bem convincente e a dublagem do diretor Seth MacFarlen (também criador de Family Guy e voz de Peter Griffin), é o que dá vida a Ted. O filme funciona porque sua relação com Mark Wahlberg parece real e nos importamos com eles, já que o romance entre Walhberg e Mila Kunis é ok e a estrutura do roteiro é bem padrão (uma amizade que se racha, vilões que surgem no terceiro ato para esticar o conflito). MacFarlane está mais comportado do que em sua série animada, colocando até momentos "com emoção". As cenas envolvendo sexo, drogas e escatologia não chocam tanto quanto certos deputados podem fazer parecer, mas são bem engraçadas; junte a isso as referências pop e os flashbacks típicos de Family Guy, mais a já citada química entre Ted e seu "dono", e temos uma comédia das boas. Nota 4/5
DESCONSTRUINDO HARRY (Deconstructing Harry, EUA, 1997, dir. Woody Allen)
Woody revisita o tema de Memórias, desta vez interpretando um escritor com diversas ex-esposas no currículo. A metalinguagem abunda, e não acho que seja um filme indicado para novatos em Woody Allen: podem se assustar com a montagem à la Godard cheia de cortes bruscos, personagens vividos por vários atores e uma estrutura algo confusa; eu gostei bastante (bem mais do que Memórias, aliás). As historietas tiradas das obras do personagem-título são filmadas de forma mais convencional, embora sempre criativas: a mais famosa é a que tem Robin Williams sofrendo de "fora-de-foquismo", mas minha predileta é a que mostra Woody descendo ao inferno e discutindo com o Diabo, vivido por Billy Crystal. Nota 4/5
007 NA MIRA DOS ASSASSINOS (A View to a Kill, Reino Unido/EUA, 1985, dir. John Glen)
Último de sete Bonds com Roger Moore (que já estava com seus 57 anos!), Na Mira dos Assassinos também ganhou má fama como vários de seus antecessores, mas eu achei um filme mais coeso. Tem boas cenas de ação (Bond dirigindo um carro pela metade em Paris, escapando de um elevador pegando fogo, dependurado na ponte Golden Gate), uma capanga mulher (Grace Jones, assustadora) e Christopher Walken como vilão. Longe de ser uma obra-prima do entretenimento, é um bom final para a Era Moore. Nota 3/5
007 MARCADO PARA A MORTE (The Living Daylights, Reino Unido, 1987, dir. John Glen)
Timothy Dalton foi um Bond bem diferente de Roger Moore: mais sério, menos apressado em pegar a mocinha, maneirando bastante no humor (quando faz piada, se sai bem sem precisar recorrer a trocadilhos: "Estamos livres!", diz a garota; "Kara, estamos em uma base aérea russa no meio do Afeganistão", retruca Bond). Marcado Para a Morte tem uma primeira metade muito boa, com uma trama envolvendo um general russo que foge para o Ocidente com a ajuda de Bond e repleta de plot twists. Já quando Bond chega ao Afeganistão, a coisa fica um pouco morna e vira um filme de ação comum (com excessão da ótima luta com o capanga, quase caindo do avião); brincar de soldadinhos também não contribui para tornar o vilão muito ameaçador, e fica a sensação de que John Rhys-Davies deveria ter aparecido mais. Nota 3/5
007 - NUNCA MAIS OUTRA VEZ (Never Say Never Again, Reino Unido/EUA/Alemanha Ocidental, 1983, dir. Irvin Kershner)
Um James Bond não-oficial lançado no mesmo ano que Octopussy, o grande trunfo de Nunca Mais Outra Vez é ter Sean Connery de volta, ainda que visivelmente mais velho, apenas 6 anos antes de viver Papai Jones em A Última Cruzada. (O engraçado é que, mesmo assim, Connery era mais novo que Roger Moore, o Bond oficial.) Por outro lado, perde pontos por ser um remake de 007 Contra a Chantagem Atômica, justamente um dos mais fracos do Bond Connery. Há bons momentos, como a luta no spa com um brutamontes (deve ser a primeira vez que realmente tememos por Bond) e o vilão meio imprevisível, que fica o tempo todo com um meio-sorriso no rosto – sem falar em Kim Basinger como bond girl e na improvável participação de Rowan Atkinson, futuro Mr. Bean! Mas eles teriam saído melhor se escolhessem uma história original sobre um Bond maduro e evitassem as chatas cenas submarinas que estavam por todo o Chantagem Atômica. Nota 3/5
TED (EUA, 2012, dir. Seth MacFarlane)
O ursinho desbocado, criado por um CGI bem convincente e a dublagem do diretor Seth MacFarlen (também criador de Family Guy e voz de Peter Griffin), é o que dá vida a Ted. O filme funciona porque sua relação com Mark Wahlberg parece real e nos importamos com eles, já que o romance entre Walhberg e Mila Kunis é ok e a estrutura do roteiro é bem padrão (uma amizade que se racha, vilões que surgem no terceiro ato para esticar o conflito). MacFarlane está mais comportado do que em sua série animada, colocando até momentos "com emoção". As cenas envolvendo sexo, drogas e escatologia não chocam tanto quanto certos deputados podem fazer parecer, mas são bem engraçadas; junte a isso as referências pop e os flashbacks típicos de Family Guy, mais a já citada química entre Ted e seu "dono", e temos uma comédia das boas. Nota 4/5
DESCONSTRUINDO HARRY (Deconstructing Harry, EUA, 1997, dir. Woody Allen)
Woody revisita o tema de Memórias, desta vez interpretando um escritor com diversas ex-esposas no currículo. A metalinguagem abunda, e não acho que seja um filme indicado para novatos em Woody Allen: podem se assustar com a montagem à la Godard cheia de cortes bruscos, personagens vividos por vários atores e uma estrutura algo confusa; eu gostei bastante (bem mais do que Memórias, aliás). As historietas tiradas das obras do personagem-título são filmadas de forma mais convencional, embora sempre criativas: a mais famosa é a que tem Robin Williams sofrendo de "fora-de-foquismo", mas minha predileta é a que mostra Woody descendo ao inferno e discutindo com o Diabo, vivido por Billy Crystal. Nota 4/5
007 NA MIRA DOS ASSASSINOS (A View to a Kill, Reino Unido/EUA, 1985, dir. John Glen)
Último de sete Bonds com Roger Moore (que já estava com seus 57 anos!), Na Mira dos Assassinos também ganhou má fama como vários de seus antecessores, mas eu achei um filme mais coeso. Tem boas cenas de ação (Bond dirigindo um carro pela metade em Paris, escapando de um elevador pegando fogo, dependurado na ponte Golden Gate), uma capanga mulher (Grace Jones, assustadora) e Christopher Walken como vilão. Longe de ser uma obra-prima do entretenimento, é um bom final para a Era Moore. Nota 3/5
007 MARCADO PARA A MORTE (The Living Daylights, Reino Unido, 1987, dir. John Glen)
Timothy Dalton foi um Bond bem diferente de Roger Moore: mais sério, menos apressado em pegar a mocinha, maneirando bastante no humor (quando faz piada, se sai bem sem precisar recorrer a trocadilhos: "Estamos livres!", diz a garota; "Kara, estamos em uma base aérea russa no meio do Afeganistão", retruca Bond). Marcado Para a Morte tem uma primeira metade muito boa, com uma trama envolvendo um general russo que foge para o Ocidente com a ajuda de Bond e repleta de plot twists. Já quando Bond chega ao Afeganistão, a coisa fica um pouco morna e vira um filme de ação comum (com excessão da ótima luta com o capanga, quase caindo do avião); brincar de soldadinhos também não contribui para tornar o vilão muito ameaçador, e fica a sensação de que John Rhys-Davies deveria ter aparecido mais. Nota 3/5
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