22/12/2015
23/11/2015
Memórias de um rebelde do Distrito 8
por Lucas Paio | 23/11/2015 | 1 comentário
- Uma blusa cinza de mangas compridas com uns furos para colocar o polegar, como se fosse uma luva improvisada;
- Calças compridas amarelas e largas;
- Sapato bege;
- Duas tiras de pano enroladas no tornozelo;
- Uma fita vermelha amarrada no braço esquerdo (aparentemente é o símbolo dos rebeldes);
- Um pesado poncho marrom por cima de tudo;
- Um cachecol no pescoço;
- E uma bandana na cabeça, jogando meu cabelo pra trás e me fazendo parecer uma beterraba.
A produção aproveitou o terminal abandonado do Tempelhof – que, ao contrário da parte externa transformada em parque, não é aberto ao público – para montar o seu quartel-general: em meio aos balcões de check-in, placas de companhias aéreas e esteiras de bagagem, que continuam intocados após esses anos todos, puseram enormes tendas brancas para cada departamento: figurino, cabelo, maquiagem, equipamentos, armas. A via-crúcis que percorríamos ao chegar se repetiria por todos os dias seguintes: preencher formulário manualmente com todos os dados pessoais (por que diabos não deixavam esse negócio num computador?). Vestir os trapos na tenda de figurino. Pegar os props (objetos usados em cena): espingarda, cantil e uma sacola de pano com enchimento falso. Passar pelas mãos impiedosas do setor de maquiagem, o que incluía encardir rosto, pescoço e dedos com uma tinta fedorenta. Cada departamento tinha uma fila imensa de figurantes esperando a vez e o processo todo levava umas duas horas.
Nos meses que se sucederam às filmagens no Tempelhof, recebi inúmeros convites da agência de figuração para papéis que iam de músico de rua espanhol e espectador das Olimpíadas de 1936 até refugiado, assaltante, presidiário e seguidor de uma seita indiana. Mas já com emprego fixo e sem disposição para voltar pra casa imundo às 6h da manhã e ir para o escritório às 9h, optei por pendurar os trapos e farrapos até segunda ordem.
E no último domingo, após um ano e meio de expectativa, pude finalmente conferir nos cinemas não só resultado de toda aquela trabalheira em maio de 2014, como a resposta para a pergunta que não queria calar: será que eu apareço em Jogos Vorazes: A Esperança — O Final?
Bem… Na cena do discurso, que levou um dia inteiro pra filmar, a multidão de rebeldes só dá as caras em uns dois planos rápidos (que já tinham aparecido nos trailers) — o restante são closes da Comandante Paylor e planos fechados da Jennifer Lawrence cercada por meia dúzia de figurantes, em takes filmados quando eu não estava. Nos planos abertos eu estou lá no meio da multidão, provavelmente em vários lugares ao mesmo tempo, fazendo História anonimamente. Já na cena do trem, que levou três madrugadas, meu grupo aparece por mais tempo no canto esquerdo da tela, rendendo a galera e mandando todo mundo pro chão, enquanto Jennifer tenta apaziguar as coisas no primeiro plano. Em certos momentos, nem estamos tão desfocados assim — mas serão necessários Blu-ray em alta definição, zoom na tela e olhos de lince para identificar este que vos fala.
E você que reclamava do Rodrigo Santoro no Lost.
28/10/2015
Sufjan Stevens ao vivo em Berlim
por Lucas Paio | 28/10/2015 | Comente
Muitas coisas hoje em dia são descritas como geniais, mas no caso do Illinois, o adjetivo não soa tão descomedido assim. São 75 minutos de melodias que fogem do óbvio (mas nem por isso são difíceis ou deixam de grudar na cabeça), intricadas harmonias vocais, arranjos elaborados com timbres de uma mini-orquestra, faixas de durações no mínimo díspares (a maior tem 7 minutos; a menor, 6 segundos) e alguns títulos tresloucadamente longos, como "They Are Night Zombies!! They Are Neighbors!! They Have Come Back from the Dead!! Ahhhh!" (88 caracteres), "To the Workers of the Rock River Valley Region, I have an Idea Concerning Your Predicament, and It Involves an Inner Tube, Bath Mats, and 21 Able-Bodied Men" (156 caracteres) e "The Black Hawk War, or, How to Demolish an Entire Civilization and Still Feel Good About Yourself in the Morning, or, We Apologize for the Inconvenience but You're Going to Have to Leave Now, or, 'I Have Fought the Big Knives and Will Continue to Fight Them Until They Are Off Our Lands!'" (288 caracteres). Minha banda ABUNN sempre se gabava de ter a música com — segundo pensávamos — o maior título do mundo, "Quando as Borboletas Azuis de Antenas Amarelas Batem Suas Asas Fazendo Um Barulho Ensurdecedor Que Não Dá Pra Aguentar" — mas, com seus míseros 118 caracteres, ela perde feio para várias faixas do Illinois.
O álbum de 2010, The Age of Adz, segue direções musicalmente bem distintas de seu predecessor: as ótimas melodias e harmonias vocais continuam lá, mas agora embaladas por arranjos eletrônicos, repletos de sintetizadores, efeitos sonoros, barulhinhos. É um disco muito mais pra baixo, sem os refrões otimistas do Illinois, sem fazer graça com títulos longos, sem faixas de curtíssima duração. Muito pelo contrário: os 25 minutos da última música, "Impossible Soul", são de fazer inveja ao Yes. The Age of Adz não foi tão unanimemente aclamado quanto o Illinois, mas eu gosto pacas. "Impossible Soul" deve ser a música de 25 minutos que mais ouvi na vida.
Comprei o ingresso pela internet com meses de antecedência. Tinha lugar marcado e tal, mas já fazia tempo e eu não me lembrava onde é que havia escolhido ficar. Quando cheguei ao teatro para o show, fiquei positivamente surpreso: "Não lembrava que tinha conseguido um assento na sexta fileira por esse preço!", pensei, me acomodando na cadeira.
Eu não tinha conseguido, claro. Logo reivindicaram meu lugar e percebi que meu ingresso me colocava era lá em cima, no terceiro andar, num assento onde eu precisava ficar de pé para conseguir visualizar o palco todo. Fazer o quê.
Sozinha no palco, uma cantora-compositora canadense chamada Basia Bulat segurou bem seu show de abertura com músicas bonitas como "Tall Tall Shadow", instrumentos insólitos como a auto-harpa da foto abaixo e uma voz poderosa, chegando até mesmo a dispensar o microfone na última música — o que funcionou bem, mesmo lá do terceiro andar.
A maioria das músicas veio com arranjos novos: o que no disco era quase tudo acústico e folk, ao vivo ganhou adornos eletrônicos em versões que caberiam fácil no The Age of Adz (tanto que as duas desse disco anterior que ele tocou no meio do set principal, "Vesuvius" e "I Want to Be Well", não soaram em nada deslocadas). Geralmente tendo muito mais para o acústico/elétrico do que para o eletrônico, mas curti bastante as novas versões. Devo dizer, porém, que poderia ter passado sem o encerramento à última música do set principal, "Blue Bucket of Gold": foram nada menos do que vinte minutos de barulhinhos digitais que pareciam não acabar nunca. Tenho certeza de que muita gente na plateia adorou estar imerso na experiência, mas por mim, ele poderia ter tocado umas oito músicas do Illinois nesse meio-tempo — ou mandado os 25 minutos de "Impossible Soul".
Se ficou calado por quase duas horas, no bis Sufjan Stevens desandou a falar, contando casos de infância e se desculpando por não esticar tanto o bis. De fato, foram apenas três músicas, contra seis na noite anterior, no mesmo teatro. A canção derradeira foi "Chicago", provavelmente o mais próximo que ele tem de um hit, que aqui se despiu do arranjo multi-instrumental no Illinois e veio acústica, dedilhada no violão. Todo mundo ali aceitaria de bom grado mais umas dez canções — but every road leads to an end.
Setlist:
1. Redford (For Yia-Yia & Pappou)
2. Death With Dignity
3. Should Have Known Better
4. Drawn to the Blood
5. Eugene
6. John My Beloved
7. The Only Thing
8. Fourth of July
9. No Shade in the Shadow of the Cross
10. Carrie & Lowell
11. The Owl and the Tanager
12. All of Me Wants All of You
13. Vesuvius
14. I Want to Be Well
15. Blue Bucket of Gold
16. Concerning the UFO Sighting Near Highland, Illinois
17. To Be Alone With You
18. Chicago
25/10/2015
Leave the gun. Take the DeLorean.
por Lucas Paio | 25/10/2015 | Comente
19/10/2015
Soneto do outono alemão
por Lucas Paio | 19/10/2015 | Comente
11/10/2015
Scream - Primeira Temporada
por Lucas Paio | 11/10/2015 | Comente
Revendo os três filmes anos depois, apenas o primeiro continua se sustentando bem. O segundo é até divertido, mas só moleques de 14 anos poderiam considerá-lo a obra máxima de suas breves existências. O terceiro é bem fraco e às vezes parece mais Simão, o Fantasma Trapalhão do que um slasher movie. Pânico 4, lançado tardiamente onze anos após a parte 3, não é lá dos mais memoráveis: eu só lembro mesmo da criativa cena de abertura, cheia de filmes-dentro-do-filme, quase um screamception.
Meu interesse em Scream — mais um exemplar na enxurrada de séries recentes baseadas em filmes, como Bates Motel, Fargo e From Dusk Till Dawn — era nulo, mas a máscara boquiaberta do novo Ghostface apareceu na tela do Netflix e, provavelmente movido pela nostalgia, resolvi conferir o que é que a MTV tinha feito com sua reinvenção televisiva de Pânico.
A série ignora os eventos dos filmes e não menciona Sydney Prescott ou os trocentos assassinatos cometidos na quadrilogia. A história se passa em Lakewood, cidadezinha cujo nome não deixa de lembrar Woodsboro, cenário dos filmes. Há vinte anos, um serial killer mascarado deixou um rastro de vítimas e alguns poucos sobreviventes traumatizados. Duas décadas depois, um novo assassino volta a colocar a adolescentaiada em pânico. Não é coincidência que quase 20 anos separem 2015 do primeiro filme, lançado em 1996.
Muitos dos personagens principais parecem esculpidos com base nos filmes. Emma (Willa Fitzgerald) é a nova Sydney, toda hora recebendo telefonemas do assassino, escolhendo os namorados errados e descobrindo segredos do passado obscuro da mãe. Noah (John Karna) é o novo Randy: conhece os clichês do gênero e despeja referências à cultura pop a cada duas frases — além de ser um hacker de fazer inveja à garotinha de Jurassic Park, rastreando e invadindo qualquer dispositivo com dois cliques. Piper (Amelia Rose Blair) é a podcaster que equivale à repórter Gale Weathers, misturando-se à meninada para arrancar detalhes sobre as vítimas. De resto, temos a trupe usual de personagens frívolos e desinteressantes que só servem para protagonizar mortes horríveis, embora apenas uma, em que a vítima é serrada ao meio da cabeça aos pés, se distancie do monótono padrão "facada na barriga / facada nas costas" que acomete as demais.
Sobre o assassino, talvez o fato mais digno de nota seja a nova máscara. Acho bem-vindo atualizarem o visual do Ghostface, inserindo uma significância dentro da história pregressa da trama (é a mesma usada pelo serial killer de vinte anos atrás). Mas ainda prefiro mil vezes a icônica máscara original, com sua boca cartunesca, olhos franzidos e cara de dó. A voz distorcida ao telefone também está presente, mas "Hello, Emma" definitivamente não tem o mesmo apelo sonoro de "Hello, Sydney". Talvez seja o sibilar que inicia o nome "Sssssydney". Talvez seja a nostalgia falando.
O season finale tem a inevitável festa seguida de matança e a aguardada revelação de quem se esconde por trás da boca aberta (claro: um dos únicos dois ou três personagens que não tinham virado suspeitos durante a temporada inteira), mas fica a sensação de que teria sido melhor gastar esses 400 minutos revendo o primeiro Pânico mais algumas vezes. Taí uma série que poderia dizer "volto já" e não voltar, que não faria falta.
06/10/2015
Música com vassoura e pá
por Lucas Paio | 06/10/2015 | Comente
Ou a dupla que transformou dois inconspícuos utensílios — uma vassoura e uma pá — em guitarra e baixo. A vassoura (guissoura?) tinha apenas uma corda, mais do que suficiente para que o músico dedilhasse seu improviso à vontade, enquanto o baixo (paixo?) trazia três cordas disputando espaço no cabo. A gambiarra rendeu um som bastante decente para o blues apresentado na calçada aos atônitos transeuntes, e pareceu também dar certo em termos monetários: a toda hora chegava outra moeda no chapéu posicionado em frente aos dois.
Fica a sugestão de expandirem o repertório: a música brasileira, por exemplo, oferece ótimas opções para se tocar com uma corda só ("Um Bilhete Pra Didi", dos Novos Baianos, ou mesmo o manjado "Brasileirinho"). Pra não falar em canções tematicamente apropriadas, como o frevo centenário "Vassourinhas".
Mas inesquecível, de verdade, seria ver a dupla vienense caprichando numa versão instrumental do Molejão: "Diga aonde você vai, que eu vou varrendo…"
30/09/2015
The long way home: Roger Hodgson em Berlim
por Lucas Paio | 30/09/2015 | 1 comentário
Eu tinha sete anos e era supertrampmaníaco havia meses, desde que assistira a um show da Companhia Supertramp no aniversário de um amigo do meu pai. Em pouco tempo já havia decorado uma porção de letras dos discos que tínhamos em casa, lendo os encartes e tentando associar a grafia estranha daquele idioma aos sons que saíam dos LPs. Lembro de achar que o "AM" do rádio era a mesma palavra contida em "The Logical Song", no verso "Please tell me who I am". Toda vez que Roger Hodgson cantava "Who I aaaam? Who I aaaam?", eu apertava o "AM" do rádio, numa cândida tentativa de interagir com a canção.
Meses depois, a Companhia Supertramp estava no palco de algum bar em BH e eu lá com meus pais, curtindo o show e tendo provavelmente minha primeira experiência num boteco. A essa altura, os caras da banda sabiam que o saxofonista tinha um sobrinho pirralho que memorizara boa parte do repertório. Lá pelas tantas, acharam divertido me chamar ao palco e eu fui, muito mais desinibido do que nos primeiros shows da minha banda ABUNN dez anos depois. Marcos Temponi, vocalista e baixista, cochichou-me as coordenadas:
- Você espera a introdução, eu conto até quatro e você começa. Vamos lá, um, dois…
Eu ignorei as instruções rítmicas e comecei a cantar na hora que quis — provavelmente no tempo certo, já que conhecia aquelas músicas como se fossem "Atirei o Pau no Gato". Mas fico imaginando o sotaque com o qual não devo ter cantado "The Logical Song":
- Uen auas iangue, itsims dê láifuassou uânderfou…
Vinte e três anos se passaram desde então, mas nunca deixei de curtir Supertramp. Crime of the Century, Breakfast in America e Even in the Quietest Moments permanecem entre alguns dos meus discos favoritos dos anos 70, vira e mexe toco "Give a Little Bit" no violão por aí e dia desses até comprei o DVD do Supertramp Paris, icônico show gravado em 1979 ao qual ouvi por muitos anos numa fitinha dupla presenteada por meu tio Kiko no meu aniversário de oito anos — ele até mesmo redesenhou a capa do álbum com lápis de cor na caixinha do cassete.
Foi um barato assistir ao DVD, não só porque as músicas são foda, mas por raramente ter visto material visual do Supertramp nesses anos todos em que sou fã da banda. Dar caras às vozes, sabe cumé? Ver Roger Hodgson caprichando nos agudos, Rick Davies se esmerando no piano e nas caretas, John Helliwell saxofonando, palhaçando e comandando o falatório entre-canções. Deu uma baita vontade de ver esses caras ao vivo, juntos, com a química que tinham nessa gloriosa fase áurea dos anos setenta.
O que não vai acontecer. Roger Hodgson, voz e mente por trás de alguns dos maiores hits supertrâmpicos ("The Logical Song", "Dreamer", "Breakfast in America", "Give a Little Bit"), se mandou do grupo em 1983. Rick Davies — igualmente talentoso e criador de "Rudy", "Crime of the Century", "Bloody Well Right", "Asylum" e outras pérolas — continuou liderando o resto da patota e está aí até hoje, gravando e fazendo turnês de vez em quando, ainda carregando a marca Supertramp. Mas assim como Mutantes sem Rita, Barão Vermelho sem Cazuza, Raimundos sem Rodolfo e Bucheca sem Claudinho, o Supertramp não é a mesma coisa sem Roger Hodgson.
Hodgson também permanece por aí, rodando o mundo com as canções que o consagraram há tantos anos, e embora vê-lo num show solo também não equivala (palavra estranha) à improvável experiência de ver um dia o Supertramp original ao vivo, não titubeei quando soube que ele vinha a Berlim e comprei o ingresso no ato — assim como, anos atrás, tampouco hesitei em ver os Mutantes duas vezes, mesmo sem Rita, e certamente assistiria a Rick Davies com o Supertramp atual (eles também viriam à Europa agora no segundo semestre, mas infelizmente tiveram que cancelar a turnê enquanto Davies se recupera de um câncer).
O cenário: Tempodrom, uma casa de shows no centro de Berlim que, ano passado, recebeu o grande Steven Demetre Georgiou — conhecido hoje em dia como Yusuf Islam, e bem mais famoso sob "Cat Stevens" — em seu retorno triunfal às turnês mundiais. E assim como na apresentação de Cat Stevens, eu, que já não tenho mais sete anos de idade, era provavelmente o mais novo na plateia inteira.
Berlim , memórias , música , Roger Hodgson , shows , Supertramp
28/09/2015
O retorno do Biselho
por Lucas Paio | 28/09/2015 | 2 comentários
Por essa você não esperava: o Biselho ressurgiu das cinzas.
Lá se vão mil e dois dias desde que postei algo aqui pela última vez – um recorde até mesmo para os padrões desleixados da história deste blog.
Alguns meses depois, em julho de 2013, escrevi o post derradeiro do Boca de Gafanhoto, um blog sobre a China que mantive durante os quatro anos em que morei em Beijing. De malas prontas para minha segunda mudança de país, encerrei o texto com uma semipromessa: "Não fiquei na China pra sempre, mas ainda não é hora de retornar ao Brasil: minhas aventuras se voltam agora para o Velho Mundo. Ganharão textos, fotos, vídeos? Não planejei nada, mas se eu fosse você, daria uma olhada no Biselho de vez em quando."
Se você seguiu o conselho e se decepcionou com a constante falta de novidades, esperando anos a fio por um novo post… bom, provavelmente é o único. As estatísticas do Blogger deixam claras que a imensa maioria dos acessos atualmente vem de usuários pesquisando no Google por termos avulsos como "nomes arcaicos" e "menino luxento". Há um número grande de visitas da Rússia e da Ucrânia, e praticamente todas apontam para o clipe de "Opesdol", uma música da minha banda ABUNN cujo título é um vocábulo russo de baixo calão.
Leitores véios de guerra, biselhantes de primeira viagem ou desavisados caindo aqui após uma busca incauta no Google, não importa – sejam bem-vindos, cambada.
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