A história da M8
Parte II - M8 esteve aqui
Só agora, escrevendo sua história no papel (ainda que virtual), percebo que o surgimento da M8 esteve bastante ligado a guerras. A célebre declaração da professora Célia ("Cês são tudo uma máfia!") foi decorrente de uma prova sobre a Segunda Guerra Mundial. E a "fundação" da M8, por assim dizer, aconteceu logo após uma guerra em plena sala de aula.
Era o dia 5 de outubro de 1999, uma terça-feira. A gente não gostava do horário de terça porque era um dos únicos dias em que tínhamos aula dupla, uma hora e quarenta de Geografia direto (mal sabíamos o que nos aguardava no terceiro ano). Portanto, foi com uma certa empolgação que recebemos a notícia de que a professora Grácia havia faltado naqueles dois primeiros horários. Como resultado da falta do que fazer, não tardou a se iniciar uma guerra na sala, assim sem motivo mesmo, tendo giz e papel embolado como as principais munições. Se bem me lembro, o Saulo era um dos alvos dos prosaicos materiais escolares.
Após o tiroteio, e ainda com a lembrança da Célia no dia anterior, decidimos assumir nossas personas de outlaws e adotamos oficialmente o nome Máfia 801, que logo foi abreviado para M8. Felipe Tartaglia, o desenhista da turma, inclusive fez uma ilustração com o pessoal da sala usando roupas de mafiosos e colou acima do quadro-negro. Daí em diante, foi M8 escrito em tudo quanto é lugar. Até hoje, alguns de nós ainda acham cadernos ou folhas soltas com frases como "M8 rulez forever".
A primeira atividade criminosa da M8 foi no dia seguinte, uma quarta-feira, quando, durante a aula de Educação Física, nos apossamos da folha onde uma colega nossa marcava para a professora de Física quem tinha e quem não tinha feito dever de casa. Pegamos a folha, escondemo-nos no vestiário masculino e colocamos "mais" pra todo mundo. Alguns dias depois fomos descobertos e as notas votaram ao que eram, mas valeu a intenção.
O ataque seguinte aconteceu na aula de Informática, mas não tinha a ver com nossos boletins, como em Curtindo a Vida Adoidado. Era uma brincadeira simples: o Adriano levou um disquete contendo um programinha que ele tinha feito. O arquivo, auto-executável, substituía a a tradicional mensagem de fechamento do Windows, "seu computador já pode ser desligado com segurança", por um misterioso "M8 esteve aqui". Adriano, João Rafael e eu pedimos licença a todos os que, na hora, se ocupavam jogando emuladores de Mega Drive. E acionamos o programinha em todos os computadores do laboratório de informática.
Dois dias depois, provavelmente dedados pela monitora do laboratório, fomos chamados pela coordenadora. Chamava-se Andréia Lúcia e também dava aula pra gente de Orientação Vocacional, que, por sua abreviatura "O.V.", era conhecida por "Orário Vago". A Andréia Lúcia era burrinha, coitada. Conta-se que uma vez ela foi em algum lugar e voltou pra casa de ônibus, pra só então lembrar-se de que tinha ido de carro. No dia em que descobriram o "M8 esteve aqui", estava toda preocupada, achava que tínhamos estragado os pobres computadores. O troço, claro, foi consertado em questão de minutos. Mas o episódio contribuiu para que a sigla M8 e seu significado ficassem conhecidos pelos professores e coordenadores da escola.
O que era pouco perto do nosso feito seguinte.
Aparecemos na televisão.
Continua...
Só agora, escrevendo sua história no papel (ainda que virtual), percebo que o surgimento da M8 esteve bastante ligado a guerras. A célebre declaração da professora Célia ("Cês são tudo uma máfia!") foi decorrente de uma prova sobre a Segunda Guerra Mundial. E a "fundação" da M8, por assim dizer, aconteceu logo após uma guerra em plena sala de aula.
Era o dia 5 de outubro de 1999, uma terça-feira. A gente não gostava do horário de terça porque era um dos únicos dias em que tínhamos aula dupla, uma hora e quarenta de Geografia direto (mal sabíamos o que nos aguardava no terceiro ano). Portanto, foi com uma certa empolgação que recebemos a notícia de que a professora Grácia havia faltado naqueles dois primeiros horários. Como resultado da falta do que fazer, não tardou a se iniciar uma guerra na sala, assim sem motivo mesmo, tendo giz e papel embolado como as principais munições. Se bem me lembro, o Saulo era um dos alvos dos prosaicos materiais escolares.
Após o tiroteio, e ainda com a lembrança da Célia no dia anterior, decidimos assumir nossas personas de outlaws e adotamos oficialmente o nome Máfia 801, que logo foi abreviado para M8. Felipe Tartaglia, o desenhista da turma, inclusive fez uma ilustração com o pessoal da sala usando roupas de mafiosos e colou acima do quadro-negro. Daí em diante, foi M8 escrito em tudo quanto é lugar. Até hoje, alguns de nós ainda acham cadernos ou folhas soltas com frases como "M8 rulez forever".
A primeira atividade criminosa da M8 foi no dia seguinte, uma quarta-feira, quando, durante a aula de Educação Física, nos apossamos da folha onde uma colega nossa marcava para a professora de Física quem tinha e quem não tinha feito dever de casa. Pegamos a folha, escondemo-nos no vestiário masculino e colocamos "mais" pra todo mundo. Alguns dias depois fomos descobertos e as notas votaram ao que eram, mas valeu a intenção.
O ataque seguinte aconteceu na aula de Informática, mas não tinha a ver com nossos boletins, como em Curtindo a Vida Adoidado. Era uma brincadeira simples: o Adriano levou um disquete contendo um programinha que ele tinha feito. O arquivo, auto-executável, substituía a a tradicional mensagem de fechamento do Windows, "seu computador já pode ser desligado com segurança", por um misterioso "M8 esteve aqui". Adriano, João Rafael e eu pedimos licença a todos os que, na hora, se ocupavam jogando emuladores de Mega Drive. E acionamos o programinha em todos os computadores do laboratório de informática.
Dois dias depois, provavelmente dedados pela monitora do laboratório, fomos chamados pela coordenadora. Chamava-se Andréia Lúcia e também dava aula pra gente de Orientação Vocacional, que, por sua abreviatura "O.V.", era conhecida por "Orário Vago". A Andréia Lúcia era burrinha, coitada. Conta-se que uma vez ela foi em algum lugar e voltou pra casa de ônibus, pra só então lembrar-se de que tinha ido de carro. No dia em que descobriram o "M8 esteve aqui", estava toda preocupada, achava que tínhamos estragado os pobres computadores. O troço, claro, foi consertado em questão de minutos. Mas o episódio contribuiu para que a sigla M8 e seu significado ficassem conhecidos pelos professores e coordenadores da escola.
O que era pouco perto do nosso feito seguinte.
Aparecemos na televisão.
Continua...
0 comments :
Postar um comentário