24/09/2005

Running against time

Correria, correria. Tenho pouco tempo pra escrever, preciso sair em poucos minutos pra ir num boteco com a família enquanto meu pai ainda está em Bê Agá. A semana toda foi uma correria só. Na segunda, um milhão de ligações pra seguradoras e corretores de seguros, pra resolver logo onde meu carro ia ser reconstruído. Gastei meu crédito todo do celular e mais de 30 unidades do cartão de telefone público. Na terça, volto pra casa no 5201 lotado e fico até uma hora da manhã fazendo roteiros para os comerciais da Rádio Guarani, que teria que apresentar no dia seguinte na aula de Redação Publicitária II. Na quarta-feira, saí no meio de uma reunião de pré-produção no estágio para uns comerciais de TV e rádio (esses de verdade), peguei o 5201 lotado pra casa, tomei um banho correndo (digo, parado, mas rápido) e voei para A Obra para passar o som com a banda O Móbile, que me chamou pra cantar uma música com eles no show de comemoração dos 4 anos da banda. Como não chegamos nem a ensaiar antes, resolvemos os detalhes na passagem de som mesmo, que, só porque me apressei e cheguei no horário, começou mais de uma hora depois. Cheguei de madrugada e, no dia seguinte, acordei às 9h30 achando que era umas 7h da manhã. Acabei desistindo de ir na aula e fui só pro estágio. Quando virei a esquina da minha rua, vi o maldito 5201 passando ao longe. Corri em vão, esperei o próximo. Hoje, sexta-feira, quando saí de casa às 6h25 da manhã pra pegar o ônibus, virei a esquina da minha rua e, novamente, vi o 5201 passando ao longe. Pensei: se eu correr, vai ser em vão. Mas aí ele parou no sinal, e pensei melhor: por que não? Corri, e fiquei estarrecido quando o ônibus avançou o sinal. E tive que esperar pelo próximo. Na agência não paramos um minuto, tínhamos que preparar 22 inscrições para um prêmio mineiro de criação publicitária para serem entregues até 5 horas da tarde no Santa Efigênia. Fui almoçar às três, quando pedimos umas pizzas e comemos na agência mesmo. De lá, fui pra academia. De lá, mais ônibus lotado pra casa. De cá, vou prum botequim no Prado. De lá, nem sei mais. Correria, correria. Já vi que amanhã eu durmo até domingo.

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Lucas Paio já foi campeão mineiro de aviões de papel, tocou teclado em uma banda cover de Bon Jovi, vestiu-se de ET e ninja num programa de tevê, usou nariz de palhaço no trânsito, comeu gafanhotos na China, foi um rebelde do Distrito 8 no último Jogos Vorazes e um dia já soube o nome de todas as cidades do Acre de cor, mas essas coisas a gente esquece com a idade.

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