Vende-se cocô gelado
Imagine um restaurante temático que extrapole os limites do mau-gosto. Pensou em quê? Filmes de terror? Vá mais longe. Freak show? Zumbis? Mais um pouquinho. "Pior que isso, só se descambar pra escatologia", você deve estar pensando.
Pois é. Em Beijing existe um restaurante temático de cocô. Da decoração ao formato do cardápio, passando pelo nome dos pratos, os assentos e os mascotes sorridentes pintados nas paredes, tudo é relacionado a fezes. Vai saber que tipo de cérebro bola uma coisa dessas. Mas, como pude constatar, fizeram o dever de casa direitinho, transformando o estabelecimento num bizarríssimo ponto turístico e proporcionando uma legítima experiência gastro-intestinal (literalmente) a quem se atreve a comer por lá.
E antes que perguntem: o lugar não fede a banheiro. Nem a desodorizador de ar com cheirinho de lavanda.
Pois é. Em Beijing existe um restaurante temático de cocô. Da decoração ao formato do cardápio, passando pelo nome dos pratos, os assentos e os mascotes sorridentes pintados nas paredes, tudo é relacionado a fezes. Vai saber que tipo de cérebro bola uma coisa dessas. Mas, como pude constatar, fizeram o dever de casa direitinho, transformando o estabelecimento num bizarríssimo ponto turístico e proporcionando uma legítima experiência gastro-intestinal (literalmente) a quem se atreve a comer por lá.
E antes que perguntem: o lugar não fede a banheiro. Nem a desodorizador de ar com cheirinho de lavanda.
A plaquinha na porta já dá um gostinho do que vem por aí: "Toilet Special Restaurant".
Na entrada, uma privada com um desenho enfezado (pegou? pegou?) saúda os clientes.
Pra comer, obviamente, tem que sentar no trono. Mais estranho ainda: as tampas são felpudas e decoradas com bichinhos fofinhos, do Snoopy...
ao Mickey e o Ursinho Puff (que no original é "Winnie the Pooh", quase "poo", a palavra em inglês para "cocô". Mera coincidência?)
Abertas, elas são privadas comuns. Se der revertério, já sabe...
Algumas mesas emulam pias, com torneira e tudo.
Nas paredes, excrementinhos de todos os tipos. O casal Mr. e Mrs. Hankey tomando café...
...um cocozinho guerreiro...
...um cocô de vidro no teto (com mosquinha rondando)...
...fezes de pelúcia com sorriso no rosto...
...e, se Charles Chaplin popularizou o chapéu-coco, este deplorável bonecão inaugura a moda do chapéu-cocô.
Tem relógio com paninho bordado (destaque para o "smells good!")...
...e outro doidão pintado na parede, com cinco ponteiros e bostinhas simbolizando os 12 signos do zodíaco: tem cocô-leão, cocôs-gêmeos, cocô-escorpião e até uma cocozinha fêmea com flor na cabeça, que pela ordem é o signo de virgem.
Tem cocô segurando o roupão...
...cocô inflável ("fresco mesmo"!)...
...e o famoso "tô c*g*ndo colorido".
Se quiser, você pode colar seu recadinho num mini-mictório. Marcel Duchamp aprovaria.
Essa galera de calça arriada me lembrou o infame gran finale do trem-fantasma do Parque Guanabara.
O cardápio não poderia ter outro formato senão este:
Escolhi meu prato pelo nome. "Poo Funny Mud", ou "Barro Engraçado de Cocô". É simplesmente um purê de batata, que vem em formato fecal, servido num recipiente bem adequado e com um asqueroso caldinho no final. O purê estava meio insosso e esfriou rápido. Dá pra dizer que a qualidade faz jus ao tema do restaurante.
O bife ao curry veio transbordando numa tigela especial: um privadão preto e reluzente.
Até as canecas vêm na forma de excrementos. Parafraseando o Coringa, onde eles arranjam esses brinquedos?
Pra completar a refeição, um sorvetinho. Sabe quando vendedores de água de coco colocam um acento circunflexo no lugar errado e escrevem "vende-se cocô gelado"? Aí está o próprio.
No banheiro do restaurante, uma contradição inusitada: não há privada. O vaso sanitário faz as vezes de pia, enquanto as necessidades são feitas no tradicional "buraco no chão" chinês.
Nem o bom velhinho escapou da escatologia. E é com essa imagem que desejo a vocês um feliz Natal e uma próspera visita ao banheiro após a ceia!
Na entrada, uma privada com um desenho enfezado (pegou? pegou?) saúda os clientes.
Pra comer, obviamente, tem que sentar no trono. Mais estranho ainda: as tampas são felpudas e decoradas com bichinhos fofinhos, do Snoopy...
ao Mickey e o Ursinho Puff (que no original é "Winnie the Pooh", quase "poo", a palavra em inglês para "cocô". Mera coincidência?)
Abertas, elas são privadas comuns. Se der revertério, já sabe...
Algumas mesas emulam pias, com torneira e tudo.
Nas paredes, excrementinhos de todos os tipos. O casal Mr. e Mrs. Hankey tomando café...
...um cocozinho guerreiro...
...um cocô de vidro no teto (com mosquinha rondando)...
...fezes de pelúcia com sorriso no rosto...
...e, se Charles Chaplin popularizou o chapéu-coco, este deplorável bonecão inaugura a moda do chapéu-cocô.
Tem relógio com paninho bordado (destaque para o "smells good!")...
...e outro doidão pintado na parede, com cinco ponteiros e bostinhas simbolizando os 12 signos do zodíaco: tem cocô-leão, cocôs-gêmeos, cocô-escorpião e até uma cocozinha fêmea com flor na cabeça, que pela ordem é o signo de virgem.
Tem cocô segurando o roupão...
...cocô inflável ("fresco mesmo"!)...
...e o famoso "tô c*g*ndo colorido".
Se quiser, você pode colar seu recadinho num mini-mictório. Marcel Duchamp aprovaria.
Essa galera de calça arriada me lembrou o infame gran finale do trem-fantasma do Parque Guanabara.
O cardápio não poderia ter outro formato senão este:
Escolhi meu prato pelo nome. "Poo Funny Mud", ou "Barro Engraçado de Cocô". É simplesmente um purê de batata, que vem em formato fecal, servido num recipiente bem adequado e com um asqueroso caldinho no final. O purê estava meio insosso e esfriou rápido. Dá pra dizer que a qualidade faz jus ao tema do restaurante.
O bife ao curry veio transbordando numa tigela especial: um privadão preto e reluzente.
Até as canecas vêm na forma de excrementos. Parafraseando o Coringa, onde eles arranjam esses brinquedos?
Pra completar a refeição, um sorvetinho. Sabe quando vendedores de água de coco colocam um acento circunflexo no lugar errado e escrevem "vende-se cocô gelado"? Aí está o próprio.
No banheiro do restaurante, uma contradição inusitada: não há privada. O vaso sanitário faz as vezes de pia, enquanto as necessidades são feitas no tradicional "buraco no chão" chinês.
Nem o bom velhinho escapou da escatologia. E é com essa imagem que desejo a vocês um feliz Natal e uma próspera visita ao banheiro após a ceia!
Beijing , Boca de Gafanhoto , China , cocô , escatologia , gastronomia
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